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Parceria SES-HU promove oficina sobre transmissão vertical do HIV

publicado: 16/05/2019 12h49, última modificação: 16/05/2019 12h49
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- Foto: Secom-PB

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Hospital Universitário (HU), da capital, promoveram a “Oficina de atualização de protocolo da transmissão vertical HIV/Aids”, para profissionais de saúde que trabalham nas maternidades da Grande João Pessoa. O evento aconteceu no auditório do HU.

A transmissão vertical é a infecção pelo vírus HIV/Aids passado da mãe para o filho, durante a gestação (intrauterino), no parto (trabalho de parto ou no parto propriamente dito) ou pelo aleitamento materno.

“Os profissionais estão sendo qualificados para a melhoria do cuidado ofertado às gestantes e os bebês. Não se admite, em tempos atuais, crianças serem expostas ao HIV nestes momentos do parto”, disse a gerente operacional das IST/HIV/aids/hepatites virais, da SES, Ivoneide Lucena.

A oficina foi ministrada pelo médico obstetra e coordenador geral do Serviço de Assistência Especializada (SAE) Familiar Materno Infantil em HIV/Aids, do Hospital Universitário Lauro Wanderley, Otávio Soares de Pinho Neto. “O diagnóstico precoce (com o uso de testes rápidos) e a atenção adequada no pré-natal, reduzem a transmissão vertical. A presença de IST na gestação pode afetar a criança e causar complicações, como aborto, parto prematuro, doenças congênitas ou morte do recém-nascido”, explicou. 

Segundo o médico, o SAE nunca registrou, em toda a sua história de 23 anos, nenhuma criança infectada das mães acompanhadas no serviço, durante o pré-natal e no pós-parto. “Ou seja, cem por cento de crianças sem infecção”, festejou.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, de 2012 a 2019, o número de crianças com o vírus tem diminuindo consideravelmente. Em 2019, não há nenhuma criança infectada. “O nosso objetivo é que, durante todo ano, a meta seja zero e nenhuma criança seja exposta ao vírus”, disse Ivoneide.

De acordo com a gerente, esta diminuição de casos deve-se ao trabalho que vem sendo realizado na qualificação do pré-natal e na hora do parto. “Nos últimos três anos, a Paraíba vem se esforçando para qualificar o pré-natal na Atenção Básica. O objetivo é o diagnóstico precoce, com tratamento em tempo oportuno para que o bebê não seja exposto ao vírus. Além da implantação do medicamento nas maternidades”, declarou.