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Paraíba é pioneira na realização de exame de carga viral de hepatites durante hemodiálise
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, iniciou neste mês de janeiro uma ação de oferta do exame Carga Viral para todos os pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC) submetidos à hemodiálise em clínicas de hemodiálise privadas conveniadas com o Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço prestado representa custo zero para as clínicas e é de suma importância do ponto de vista da vigilância epidemiológica. A ação, que é pioneira no país, começou em 2018, na capital, e agora será estendida para Guarabira, Cajazeiras, Patos e Campina Grande.
Os protocolos assistenciais do Ministério da Saúde recomendam como exame de triagem os marcadores sorológicos HBSAG e o Anti HCV. Esses exames pesquisam os anticorpos produzidos pelo organismo, respectivamente da hepatite B e C. No entanto, o paciente IRC é imunossuprimido, ou seja, tem a atividade do sistema imunológico lenta, retardando a produção de anticorpos, mesmo quando já exista a presença do vírus.
“Nosso objetivo é possibilitar a detecção precoce da existência do vírus da Hepatite B e/ou C nos pacientes portadores de IRC. Sendo a Carga Viral o exame que pesquisa vírus no sangue, ele é o ideal para detecção da infecção pelo vírus da hepatite B e C nestes pacientes." explicou a chefe do Núcleo de Hepatites Virais da SES, Rosa Maria da Costa Monteiro.
A proposta é implantar a realização do exame de carga viral das hepatites B e C em todos os pacientes de cada uma das clínicas conveniadas com o SUS e ofertar como rotina no ato de admissão dos novos pacientes.
O momento da coleta sanguínea de todos os pacientes acontece em dois dias consecutivos, nos três turnos cada dia, visto que os pacientes dialisam dia sim e dia não. Durante este período, técnicos da SES, do Laboratório Central da Paraíba, além do apoiador regional, permanecem no serviço, dando suporte tanto de treinamento como acesso ao Gerenciador de Ambiente Laboral (GAL).
“Dessa forma, é possível que os técnicos do serviço visualizem os resultados, porque ficam registrados no sistema de informação. As clínicas recebem orientações da SES do ponto de vista de vigilância, de fluxo e acompanhamento, caso o paciente apresente carga viral detectável e ainda garante o acesso ao atendimento médico e da equipe multiprofissional do Clementino Fraga”, pontuou Rosa.
Os resultados dos exames, realizados pelo setor de biologia molecular do Lacen, são liberados com a rapidez que a ação necessita para tomada de medidas, caso haja detecção de paciente portador do vírus da hepatite B ou C. O paciente que apresentar o resultado detectável necessita de exames complementares e, após o resultado, o paciente poderá ser acompanhado pela equipe do Complexo Hospitalar Clementino Fraga (CHCF).
Programação – As atividades começaram em João Pessoa no ano de 2018, mas, na última quarta-feira (8), foram realizados os primeiros exames Carga Viral em Guarabira. No primeiro dia, junto com a orientação e suporte da equipe da SES, foram coletadas amostras de 36 pacientes. No segundo dia de atividades, as duas apoiadoras da clínica já puderam seguir com a ação e foram feitas coletas em mais 37 pacientes.
Nesta terça-feira (14) e quarta-feira (15), as atividades seguem em Cajazeiras. Na quarta e quinta-feira, na Unidade de Patos. Já na semana que vem, nos dias 21 e 22 de janeiro, as atividades acontecem em Campina Grande.