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Hospital do Bem realiza Dia de Atividades Lúdicas com pacientes

publicado: 14/02/2020 17h14, última modificação: 14/02/2020 17h14
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As mesas com os jogos foram colocadas no hall do Hospital.jpg
Os jogos ajudam a aliviar as tensões do ambiente hospitalar.jpg
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Pacientes jogam antes de serem atendidos.jpg

Transformar o ambiente hospitalar num espaço lúdico e de felicidade, onde o paciente além de ser acolhido em sua terapêutica e tratamento, receba também ‘doses’ de alegria, entusiasmo, carinho e amor. Essa foi a tônica do Dia de Atividades Lúdicas realizada no início da manhã desta sexta-feira (14) com pacientes do Hospital do Bem, de Patos. A ação, que envolveu boa parte dos funcionários, promoveu um momento de interação e descontração com diversos jogos antes dos pacientes começarem as suas consultas e sessões de quimioterapia.  

A oncologista do Hospital do Bem, Dra. Nayarah Castro, explicou no início da atividade o objetivo da ação. “A ideia é ofertar um momento diferente e propiciar instantes de descontração para que vocês esqueçam, momentaneamente, que estão num hospital que é, normalmente, um ambiente mórbido, onde as pessoas estão com problemas e buscam a cura de sua doença. Queremos que vocês percebam que aqui é diferente, pois no Hospital do Bem não tratamos a doença, mas as pessoas e por isso queremos ver todos felizes”, explicou a médica, lembrando que ações que trazem leveza ao ambiente hospitalar influenciam diretamente no resultado dos pacientes.

E os pacientes entraram no clima e jogaram dominó, baralho, dama, xadrez e até participaram de um bingo no final da ação que distribuiu brindes aos ganhadores. Os ‘mimos’ foram doados pelos próprios funcionários. Pela primeira vez no Hospital do Bem, onde foi para uma consulta ambulatorial com o urologista, o Sr. Roberto Maciel, morador da Várzea da Ema, no município de Santa Helena, deu um depoimento emocionado sobre a oportunidade de contar com um serviço tão diferenciado no interior do sertão paraibano. “Estou aqui pela primeira vez e aqui posso resumir minha impressão em três palavras: alegria, dignidade e vida. O fato de chegar aqui e esperar a minha vez de ser atendido, já é 50% da cura. Os outros 50% é por conta dos profissionais, do que eu fizer como paciente e colocando Deus em primeiro lugar. Vocês são carinhosos, competentes e estão aqui para nos ajudar desde que nós façamos a nossa parte. Então vamos valorizar esse hospital que além de estar perto de nossas casas, cuida de seus pacientes com muita competência”, afirmou o Sr. Roberto, cujo diagnóstico e terapêutica ainda serão fechados.

Ainda segundo o Sr. Roberto, a primeira boa referência que ele teve do Hospital do Bem foi bem antes de precisar dos cuidados da unidade. “Eu não entendo nada desta patologia, não sou médico, mas vi uma ação de vocês, no ano passado, cujas fotografias não mostravam pessoas doentes, mas gente feliz”, disse o paciente. Dra. Nayarah complementou o depoimento: “Aqui a gente não trata a doença, trata a pessoa. Tratar doença é fácil, basta abrir um livro, identificar a doença e ver qual a terapêutica. Aqui a gente quer ver vocês sorrindo, de bem com a vida, se sentindo bem, confiando no tratamento”, disse a médica, complementando que não cabe ao Hospital o destino de ninguém. “Muitos lutam, mas não conseguem, mas boa parte de nossos pacientes estão conseguindo a cura e eu penso que neste processo estamos dando uma contribuição importante”, completou.

A estudante de Medicina Ruth Santiago, que estagia no ambulatório do Hospital do Bem, acompanhando as consultas com a oncologista da unidade, participou das atividades do Dia da Ludicidade e elogiou a iniciativa. “Eu achei bem interessante essa ação porque é uma forma também de melhor integrar os pacientes ao serviço, mostrando que é possível se sentir bem e ter alegria num ambiente que a rigor só remetemos a dor e sofrimento”, destacou a estudante. 

A psicóloga Prycilla Guedes também participou da ação e falou o quanto essa iniciativa minimiza a tensão dos pacientes. “Essa iniciativa diminui a tensão e a angústia, uma vez que antes de serem atendidos eles são recebidos de uma forma diferente”, observou a psicóloga, que recebeu elogios de pacientes que disseram nunca imaginar serem recebidos para um tratamento desta forma.

A diretora do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, Liliane Sena, onde está inserido o Hospital do Bem, disse que ações desta natureza são realizadas desde o início dos trabalhos da unidade, em setembro de 2018. “Sempre buscamos acolher nossos pacientes com ações e atitudes que extrapolam a terapêutica empregada e até para fazer jus ao nome de Hospital do Bem, traduzindo a palavra bem como sinônimo de afeto, amor, alegria, carinho, compreensão, empatia e, sobretudo, solidariedade”, finalizou a diretora.