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Caravana Interatos chega a Pedras de Fogo com oficina e espetáculo de dança

publicado: 12/04/2022 10h26, última modificação: 12/04/2022 10h26
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A programação da Caravana Interatos chega a mais uma cidade paraibana, entre os dias 14 e 16 deste mês. Pedras de Fogo vai receber a oficina com a dançarina Kilma Farias e o espetáculo de dança ‘Terreiro envergado’, do Coletivo Tanz. A programação é completamente gratuita (realizada pelo Governo do Estado da Paraíba, através da Fundação Espaço Cultural da Paraíba - Funesc).

A oficina de dança ‘Corporeidades Afro-Indígenas no Tribal Brasil’ será nos dias 14 e 15 deste mês (quinta e sexta-feiras), das 8h às 12h, no Núcleo Cultural. Estão sendo oferecidas 30 vagas para pessoas a partir de 14 anos de idade. As inscrições podem ser feitas de forma presencial no Casarão da Cultura, em Pedras de Fogo, das 8h às 13h30.

Já o espetáculo ‘Terreiro envergado’, do Coletivo Tanz (com os dançarinos Erik Breno e Edigar Palmeira), será no próximo sábado, dia 16, a partir das 19h, na Praça da Mangueira. O projeto Caravana Interatos promove apresentações e atividades formativas nas linguagens artísticas de circo, dança e teatro.

Os artistas participantes foram selecionados por meio de edital. De 14 de abril a 1º de julho, a Caravana levará espetáculos e oficinas aos municípios de Pedras de Fogo, Duas Estradas, Solânea, São Mamede, Monte Horebe, Poço Dantas, Serra Grande, Esperança, Monteiro, Ouro Velho, São João do Rio do Peixe e Baía da Traição.

Oficina - O Tribal Brasil é um estilo autoral, criado e desenvolvido por Kilma Farias, que busca hibridizar as danças populares do Nordeste e Afro-brasileiras com a Dança do Ventre e o Tribal Fusion. Esse será o foco da oficina realizada em Pedras de Fogo.

Tendo início em 2003, o Tribal Brasil, também chamado de Fusion Brasil, já foi apresentado em todo território nacional e países como Peru, Argentina e Estados Unidos onde sua criadora pode multiplicar formadoras e performers nesse estilo.

Hoje, o Tribal Brasil é um estilo de dança reconhecido e que possui diversos pesquisadores e bailarinos. Desde 2016, Kilma Farias oferece Formação EAD por onde já passaram mais de 300 participantes brasileiros de países como Inglaterra, Portugal, Argentina, Reino Unido, Grécia, Chile, entre outros.

A oficina com Kilma contará com vivência de diversos padrões de movimento, como o Toré Potiguara, danças afro de trabalho, além de alguns movimentos das Iabás Iemanjá, Oxum e Iansã, trazendo a compreensão das qualidades de cada movimento, utilizando para isso o método Laban.

Kilma Farias - Iniciou seus estudos em Dança do Ventre e Folclore Árabe em 2000, Kilma é hoje reconhecida como uma das grandes bailarinas de Dança do Ventre da atualidade. Integra diversos projetos a exemplo do SIX, grupo da Shimmie-SP que envolve seis bailarinas nacionais em um mega-espetáculo; a Ventreoteca (possuindo um DVD didático sobre o estilo Tribal nessa coleção).

Kilma também dirige a Cia Lunay, além de ser bailarina, coreógrafa e professora. Formada em Jornalismo, com Licenciatura em Dança e Mestra em Ciências das Religiões, Kilma é ainda uma das organizadoras da Caravana Tribal Nordeste desde 2010, e autora do projeto Cultura em Movimento em João Pessoa-PB, além de desenvolver e sistematizar o estilo Tribal Brasil desde 2003. Kilma é autora do livro ‘Dança do ventre da energia ao movimento’, publicado em 2004 pela Editora Universitária da Paraíba.

Desenvolve, desde 2016, a Formação em Tribal Brasil à distância tendo atendido bailarinas de todo o Brasil e países como Alemanha, Portugal, Argentina, Chile, Grécia e Inglaterra. Em 2017 realizou, juntamente com a Cia Lunay a Caravana Tribal Nordeste, edição especial Tribal Brasil, onde pode receber algumas alunas formadas pelo curso, incluindo bailarinas da Grécia e Alemanha.

Em 2018 e 2019 circulou com o espetáculo Iranti, que comemorou os 15 anos da Cia Lunay, contemplado em projeto cultural do Fundo Municipal de Cultura de João Pessoa-PB.

Desde 2020, devido à pandemia, vem desenvolvendo seu trabalho de modo online através de shows e workshops em plataformas e redes sociais. Foi contemplada na LAB I com o vídeo ‘Infinitudes’ e desenvolveu contrapartidas sociais através de lives no Instagram pelo auxílio emergencial recebido como artista.

Coletivo Tanz -  O coletivo Tanz surge em 2006 da inquietação de dois artistas com experiências diferentes. Erik Breno e Edigar Palmeira, um bailarino e um ator, fazem de suas experiências o motor de arranque que os move até hoje. Com ‘Experimento Raiz’ foram premiados como melhor espetáculo, melhor coreografia e melhor bailarino na Mostra estadual de teatro e dança, em 2010 no FENART (Festival Nacional de Artes PB).

A dupla criou uma série de obras Experimento Raiz n2, Experimento Raiz n3 e participou de vários festivais e mostras até o ano de 2013, caracterizando-se assim como uma companhia de pesquisa e experimentação. Em 2013, surge a performance ‘O Santuário’, um tipo de sacrário pessoal onde o corpo fala sobre suas memórias e dos rituais de cada um, dando ênfase no diálogo com a paisagem local, a obra se desdobrou e então nasceu o ‘Terreiro envergado’.

Em 2014. com este espetáculo participam do Festival do Teatro Brasileiro realizando apresentações pelo Ceará e Espírito Santo, em 2015 aprovam um projeto de circulação e realizam uma turnê pelo interior do Nordeste passando por 10 cidades dos estados da PB, PE, RN, CE com o espetáculo. Em 2017 passam a pesquisar outras formas de recepção da obra e criam a obra/performance ‘Cartografias temporárias’ apresentada na mostra SESC Ariús em João Pessoa. Mais recentemente o Tanz montou ‘Zoopraxiscópio’, uma obra multilinguagem que trata do próprio ser humano e seus anseios.

Terreiro Envergado – Com 30 minutos de duração, é um espetáculo de arena que conta a história de dois caixeiros viajantes, onde casualmente se encontram e acabam se conhecendo de uma forma inusitada através de olhares, gestos, conflitos e rituais das suas próprias memórias. A obra tem como fundamento, o espaço urbano do rito passageiro da manifestação do "brinquedo beat" dos intérpretes que, a partir, de ações gestuais e jogos propostos pelos próprios, estabelecem estruturas que são compostas de brincadeiras.

As constituintes da brincadeira podem variar, seja, de uma estrutura material ou imaterial. A materialidade em cena percorre entre objetos, indumentárias e instrumentos que fazem parte da memória pessoal dos brincantes, a segunda é por sua vez, a elaboração artística de uma esquematização dos códigos desta materialidade. A precariedade corporal é estabelecida pelo diálogo/ conflito do equilíbrio instável da sensibilidade feminina e masculina do homem. Explicitada pelos os códigos corporais, pela própria indumentária e internalização feita pelo subtexto das ações e dos jogos propostos para o rito do Terreiro Envergado.