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Workshop sobre cooperação internacional discute pesquisa e inovação

publicado: 06/06/2019 10h02, última modificação: 06/06/2019 10h04
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O Workshop “Cooperação Internacional entre Brasil e União Europeia em Pesquisa e Inovação”, que aconteceu nessa quarta-feira (5), abre os canais de relação entre instituições brasileiras e parceiros com a Comunidade Europeia. O evento reuniu, em João Pessoa, no Atlântico Praia Hotel, a comunidade científica da Paraíba, presidentes de 26 Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados da Federação e os parceiros ligados ao desenvolvimento científico e tecnológico do País. É o evento que antecede o Fórum do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap) que acontece nesta quinta (6) e sexta-feira (7).

Os eventos são organizados pela Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba (SEECT) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq). O presidente da Fapesq, Roberto Germano, ressalta que o Workshop busca o fortalecimento da cooperação internacional entre o Brasil e a Comunidade Europeia. “Esse encontro vem no momento em que vivemos um período incerto para a comunidade científica brasileira, justamente quando a população vai às ruas para levar a temática da importância da educação, da ciência e tecnologia”, observa Roberto Germano, informando que a abertura do Fórum Confap, nesta quinta-feira, às 9h, no auditório do Sebrae-PB, recebe o público em geral.

O evento mostra o arranjo institucional com a comunidade europeia e é uma oportunidade importante, principalmente neste contexto. Segundo o vice-presidente do Confap, Fábio Guedes, a Comunidade Europeia conta com 80 bilhões de euros para fomento à pesquisa e projetos, permitindo o intercâmbio para melhorar as produções acadêmicas no Brasil. “Temos sofrido uma série de contingenciamentos no financiamento de pesquisas e formação de pessoas em nível de pós-graduação e uma retração no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, que comprometem programas de inovação tecnológica social e economicamente importantes”, fala Guedes.

O vice-presidente do Confap destaca ainda que as fundações e os governos estaduais são parceiros do Governo Federal em muitos programas. “Já temos comprometimento financeiro e esses cortes nos preocupam, porque afetam diretamente todos os Estados. Discutimos quais são os desafios, o que vamos colocar como pauta política, especialmente em Brasília, ou como contribuir para superar esses desafios.

Durante o workshop, entre outros palestrantes, Elisa Natola, assessora de Cooperação entre o Brasil e a União Europeia do Confap, apresentou à comunidade científica as oportunidades de cooperação com a União Europeia, mostrou oportunidades e novos editais publicados pela comissão que proporcionam um trabalho conjunto e colaborativo. Explicou a dinâmica, com orientações práticas para os pesquisadores entenderem regras e modalidades. “O Brasil é considerado um país estratégico para a cooperação com a União Europeia”, fala Natola.

Horizonte 2020 - O atual programa de pesquisa e inovação da União Europeia - que é o principal instrumento de cooperação e promoção científica e pesquisa - é o Horizonte 2020. De acordo com Laura Maragna, do setor de Ciência e Tecnologia da Delegação da União Europeia no Brasil, o Horizonte 2020 teve duração de 7 anos, com um orçamento total de, aproximadamente, 80 bilhões de euros. O próximo programa, que iniciará em 2021 chama-se Horizonte Europa, com a mesma duração.

“O orçamento desses programas tem aumentado. Existe a consciência, no caso da União Europeia, de que o investimento em pesquisa e inovação ajuda a promover empregos, a enfrentar desafios globais como s mudanças climáticas, a melhoria na saúde e o bem-estar dos cidadãos. O Brasil é o quinto país dos países que não são membros ou associados do programa cuja participação é maior no programa europeu.