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Vigilância Ambiental discute combate ao Aedes em municípios do Sertão

publicado: 19/12/2018 23h00, última modificação: 16/05/2019 15h23

A vigilância Ambiental da 6ª Gerência Regional de Saúde realizou, na quarta-feira (19), um encontro com apoiadores de campo dos 24 municípios que fazem parte da jurisdição, com a finalidade de debater diversos assuntos, entre eles avaliação e planejamento do Lia/Lira (Levantamento Amostral de Infestação do Aedes aegypti).

O plano de contingência para as arboviroses (doenças causadas pelo mosquito) esteve no centro dos debates, juntamente com as ações necessárias e que precisam ser programadas para 2019, obedecendo a realidade de cada município. Seis cidades da região de Patos apresentam alto índice de infestação do transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus, que podem causar novos surtos na região.

Da reunião participaram também apoiadores municipais e a assistente social do Hemonúcleo, Vânia Santos, que explicou os procedimentos para doação de sangue, a preocupação constante para se manter estoque regular, além de convidar a todos a serem doadores, inclusive de medula óssea, cujo cadastramento vem sendo feito no Hemonúcleo.

Diante de tantas temáticas trabalhadas pelo grupo, um em destaque foi a Leishmaniose visceral (calazar), doença que vem crescendo e causando grande preocupação dos órgãos de saúde, não apenas na regional Patos, mas do Brasil inteiro. A doença infecciosa parasitária é transmitida através de picada pelo mosquito denominado flebótomo, ou mosquito-palha, sendo o cão principal hospedeiro desse protozoário na zona urbana. A doença está presente em cerca de 65 países, com estimativa assustadora de 59 mil mortes por ano no mundo.

O apoiador de campo da Vigilância Ambiental, Francisco Queiroga fala da necessidade de manter o cão sadio, sem contato com outros animais doentes, a higienização dos domicílios, para que se evite a presença do mosquito. Ele aponta que este ano aconteceram dois óbitos por leishmaniose na 3ª Macro, que tem Patos como sede.

“Isso serve de alerta para os gestores, profissionais de saúde. Não se trata apenas de uma questão animal, mas também humana. Sem a colaboração da população, da sociedade civil organizada não resolveremos o problema.  A exemplo das doenças causadas pelo Aedes, a leishmaniose também precisa ser combatida com o trabalho preventivo”, acrescentou.