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Trinta e oito socioeducandos de seis unidades são certificados na Educação Básica

publicado: 19/10/2021 11h37, última modificação: 19/10/2021 11h37

Mais da metade dos socioeducandos inscritos no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja–PPL) 2020 conseguiu obter certificação na Educação Básica. A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) inscreveu 67 internos das seis unidades socioeducativas no Estado, dos quais 38 fecharam a prova, realizada nos dias 13 e 14 deste mês.

Foram aprovados um socioeducando do Centro Educacional do Adolescente (CEA/JP), 11 do Centro Educacional do Jovem (CEJ) e seis do Centro Socioeducativo (CSE), todos pela Escola Cidadã Integral Almirante Saldanha; além de quatro do CEA/Sousa, da Escola Cidadã Integral Mestre Júlio Sarmento; 13 do Complexo Lar do Garoto, pela Escola Francisca Martiniano da Rocha e quatro da Semiliberdade.

O coordenador de Educação da Fundac, Rafael Honorato, avalia que o exame foi positivo. “Apesar da diferença entre número de inscritos e presentes, tivemos alguns que voltaram para fazer a prova”, pontuou, destacando que continua acreditando que essas oportunidades são essenciais na experiência educativa no sistema, “principalmente como reparação à negação do direito subjetivo de acesso, permanência e conclusão da Educação Básica”.

Para Rute Vieira, coordenadora pedagógica do Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE), a aplicação do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2020 foi muito positivo. Ela informou que no CSE as provas foram aplicadas em apenas um dia, observando que a participação no Encceja é voluntária, gratuita (para quem não faltou à última edição) e destinada a jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada.

A pedagoga da Semiliberdade, Uegylla Keitilly Maurício da Silva, disse que diante da competitividade na busca de uma oportunidade de emprego, um certificado de escolarização faz toda diferença. “O Enceeja é mais uma ferramenta para que os adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa possam ter chance de conseguir um emprego formal. Com essa perspectiva, todos os esforços foram feitos para que eles pudessem participar. Foram feitas aulas de preparação para o exame, em uma articulação do eixo educação da Fundac e professores da Ecit Almirante Saldanha”, enfatizou, agradecendo o apoio de Rafael Honorato, Francineya de Oliveira Lopes Lisboa, coordenadora pedagógica da Unidade Rita Gadelha e aos professores.

A Fundac, por meio do eixo educação (diretoria técnica), vem avançando na participação dos socioeducandos no Exame, reconhecendo, assim, a importância de corrigir a distorção idade/série dos socioeducandos, situação comum aos adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa em privação de liberdade por estarem afastados dos espaços da escola em meio aberto.

O exame é realizado pelo Inep, desde 2002, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação. Embora seja aplicado pelo Instituto, a emissão do certificado e da declaração de proficiência é responsabilidade das secretarias de Educação e dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia que firmam termo de adesão ao exame.