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Tratamento do tabagismo pelo SUS é tema de capacitação em Campina Grande

publicado: 14/05/2018 00h00, última modificação: 20/05/2019 14h49

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, vai promover, nesta terça-feira (15), das 8h30 às 12h30, capacitação sobre tabagismo para 140 profissionais da Atenção Básica de 70 municípios da 2ª Macrorregião de Saúde. O evento será no auditório do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Serão apresentados temas sobre como deve ser realizado o tratamento e o acompanhamento do fumante e a necessidade do uso de medicamentos.

 

Segundo a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Gerlane Carvalho, a capacitação tem como maior objetivo formar os profissionais de saúde para a abordagem e tratamento do fumante na rede SUS, promovendo a melhoria do acesso e da qualidade da atenção à saúde.

 

“Têm pessoas que só param de fumar apenas com a abordagem cognitivo comportamental, sem usar o medicamento. Mas, para isso, o paciente tem que ter força de vontade e querer parar. Ele também precisa vivenciar a troca de experiências com outros participantes do grupo, principalmente, na questão da abstinência”, explicou.

 

Gerlane lembrou também que, para pacientes com necessidade de apoio medicamentoso, o usuário passa por uma avaliação médica e, dependendo do grau de dependência à nicotina, poderá utilizar a terapia de reposição associada à abordagem coletiva.

 

“Um grande problema é que alguns pacientes que começam a utilizar o medicamento param de fumar e já suspendem a medicação sem ser o momento adequado. Por isso é tão importante que participe das sessões em grupo, pois é preciso trabalhar o motivo que o levou a fumar; suas fragilidades; ansiedades e só assim conseguirá parar de fumar. Em caso de recaída, não poderá ter vergonha de retornar à unidade, pois é lá onde recebe todo apoio necessário”, disse Gerlane.

Tratamento – Na Paraíba, existem Centros de Referência para Tratamento dos Fumantes em 177 municípios, onde se pode buscar apoio para se livrar do vício provocado pela nicotina. O serviço é oferecido em Unidades de Saúde da Família; Centros de Atenção Psicossocial (Caps); Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais); Policlínicas e Centros de Saúde. O usuário não precisa de encaminhamento para ir até estes serviços. Ou seja, a demanda é espontânea.

 

O Ministério da Saúde é responsável pelo repasse dos medicamentos ao Estado. Este, por sua vez, é responsável pelo seu encaminhamento aos municípios, pelas qualificações dos profissionais, monitoramento do programa e pelo encaminhamento dos manuais das sessões enviado pelo Instituto Nacional do Câncer – Inca. Os municípios são responsáveis pela implantação e funcionamento do Programa nos locais de tratamento do tabagismo.

 

Referências – Os hospitais de referência no Estado no combate aos tipos de câncer relacionados ao uso do tabaco – pulmão, esôfago e laringe – são o Napoleão Laureano e São Vicente, em João Pessoa e Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande.

Dados – De acordo com o Ministério da Saúde, a estimativa para o ano de 2018 é que a Paraíba terá 465 mil e 826 fumantes.

Quanto aos óbitos por câncer de pulmão, no período de 2015 a 2017, na Paraíba, foram 1.263, sendo 426 no ano de 2015; 406 em 2016 e 431 em 2017.