Técnicos do Mapa e Empaer visitam área de frutíferas irrigadas em Pirpirituba

O auditor federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Silvério da Silva, chegou à Paraíba para acompanhar os trabalhos de frutíferas irrigadas, resultado de convênio firmado entre o Mapa e a extinta Emater, hoje Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap). Na quinta-feira (17), ele visitou, em Pirpirituba, no Brejo, a unidade produtiva do agricultor Wellington Simões, onde foi plantado meio hectare de limão e maracujá amarelo, sob regime de irrigação por aspersão. 

A propriedade, localizada no sítio Boa Esperança, tem uma área de seis hectares de terra e recebe orientação técnica do extensionista rural da gerência operacional da Empaer local, George Firmino. Além dos plantios de limão e maracujá, ele trabalha com outras atividades como piscicultura e criação de galinha de postura e frango de corte.

Segundo o engenheiro agrônomo da Empaer, Ely Martins de Lima, responsável pela execução do projeto de irrigação em municípios de 10 regiões administrativas do Estado, somente no arranjo produtivo do agricultor Wellington, foram colhidas 18 toneladas de maracujá. O limão, ainda está aguardando a primeira colheita, mas conforme explicou, “as perspectivas são muito boas”.

Durante a visita, o auditor federal, que estava acompanhado do engenheiro agrônomo Lucas Hipólito Xavier, do gerente executivo de planejamento da Empaer, Cristiano Campello, além de técnicos de outras instituições, disse que o Ministério da Agricultura está finalizando um programa de irrigação para a região Nordeste, cuja meta “é irrigar 120.000 hectares de áreas novas e melhorar 20.000 há já existentes, contemplando médios, pequenos e mini produtores rurais com agricultura de subsistência e frutíferas”. Ele adiantou, que entre as instituições e agentes financeiros interessados em financiar o projeto, estão a FAO, o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. O financiamento será para o cultivo de culturas diversas, equipamentos, pesquisas, assistência técnica e treinamentos para técnicos e agricultores.

De acordo com José Silvério, a Paraíba tem um potencial irrigável de cerca de 30 mil hectares. “Precisamos preparar o pessoal da assistência técnica e agronômica na parte creditícia e para dar suporte em outras atividades”, disse.  Na oportunidade, ele convidou o engenheiro Agrônomo Ely Martins de Lima, que tem doutorado em Fruticultura Tropical, para proferir palestra no Ministério da Agricultura, em Brasília. O tema abordado será Condições Agrometeorológicas e Potencial para a Produção de frutíferas irrigadas no Nordeste Brasileiro.