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Socioeducando do CEA/Sousa vence o IV Concurso de Origami promovido pela Fundac

publicado: 09/09/2022 09h35, última modificação: 09/09/2022 09h38
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O vencedor do IV Concurso de Origami, com o tema “Dando Vida ao Papel”, realizado pela Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida”-Fundac, por meio do eixo Esporte, Cultura e Lazer, foi W.N. do Centro Educacional do Adolescente-Internação Provisória (CEA/Sousa). A peça vencedora foi batizada pelo socioeducando de “Roda Gigante da Felicidade”. Ela é rica em detalhes e dobraduras de papel, estilo origami 3D.

O segundo colocado foi o adolescente L. M, do Centro Educacional do Jovem (CEJ) com o trabalho intitulado "Coração de Diamante” e na terceira colocação a obra "Porta Joia", do socioeducando J. F. do Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE). Os três primeiros colocados receberam como prêmio um mine-game com 400 jogos. As peças artesanais foram expostas e avaliadas por uma equipe de jurados composta pela atriz Zezita Matos, pelo multiartista Bento Junior e o jornalista Jamarri Nogueira.

O socioeducando vencedor do certame já é veterano na arte de origami. Ele disse que participou de outras edições do concurso realizado pela Fundac, mas não foi vencedor. “Estou muito feliz com a conquista e pela oportunidade de participar mais uma vez”, declarou W.N. destacando que sempre que houver concurso ele pretende concorrer por que faz bem.

O presidente da Fundac, Flávio Moreira, visitou a exposição e parabenizou os jovens  vencedores na ocasião da premiação. Ele ficou encantado com as produções artísticas dos socioeducandos. “Fiquei impressionado com as peças produzidas e muito feliz em saber que os nossos internos se interessam pelas atividades oferecidas nos centros. A ideia é sempre proporcionar momentos como esses de interação social e arte”, disse.

A atriz e educadora Zezita Matos se apaixonou pelo trabalho enquanto educadora, atriz e cidadã. Para ela, essa linha de trabalho deveria ser intensificada. “Enquanto você está tentando criar algo, você tem que ir lá no seu interior e isso pra mim é uma forma de liberar outros pensamentos que esses meninos tem, pela sua história de vida”, pontuou. Zezita enfatizou que todos foram merecedores de prêmio, tanto pela inventividade como pela riqueza de detalhes.

O jornalista Jamarri Nogueira também ficou maravilhado. Para ele “isso contém uma ressignificação de cultura, de arte, de empoderamento e de reconhecimento de talentos”. Segundo Jamarri, ‘o concurso tem uma parte econômica que, tenho certeza, vai ter entre os participantes alguém que vai empreender nessa área’. “E mesmo que não se tornem artistas, empreendedores, isso, do ponto de vista ocupacional, é muito rico”, comentou.

O arte-educador e cordelista Bento Junior, jurado no certame ao avaliar as peças comentou que a criança e o adolescente quando tem uma praticidade do ponto de vista das mãos, da consciência e também da coletividade, os trabalhos que fluem tem uma conotação social muito forte. “Os trabalhos que vi aqui na Fundac não fazem inveja a nenhum outro, do ponto de vista da arte, do ponto de vista do origami”, declarou.

 Origami - A técnica teve origem no Japão, sendo aperfeiçoada e propagada pelo mundo inteiro. As primeiras dobraduras foram criadas quando o Estado e a religião eram um só, dessa forma representavam a natureza das cerimônias religiosas. Até metade do século XIX, a arte das dobraduras era restrita aos adultos pelo alto custo do papel, porém, em 1876, o origami passou a ser ensinado nas escolas, fazendo parte da educação dos japoneses.