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Saúde promove Manejo Clínico da Tuberculose do Adulto para 100 profissionais
A tuberculose continua sendo um problema mundial de saúde pública, pois é registrada como umas das principais causas de mortalidade entre as doenças infecciosas. A coinfecção (tuberculose mais HIV) e a presença de bacilos (bactéria que causa a doença) resistentes tornam o cenário ainda mais complexo. Este tema está sendo o foco do Manejo Clínico realizado nesta segunda (23) e quarta-feira (24), no Hotel Littoral, em João Pessoa, pela manhã e à tarde.
Estão participando 100 profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros das UBS e de serviços de referência para tuberculose, que atuam na assistência direta da pessoa com tuberculose, preferencialmente em unidades de atenção primária, de 46 municípios.
O manejo está sendo feito por técnicos do Ministério da Saúde (MS), com base nas novas recomendações da Coordenação Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas (MS).
“Este evento é muito importante para disseminar informações para que os profissionais de saúde tenham o conhecimento no sentido de se fazer o diagnóstico precoce e a partir daí realizar o tratamento correto”, disse o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros.
A chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Anna Stella Pachá, explicou as principais alterações das novas recomendações do MS sobre a tuberculose. “Os grupos mais vulneráveis pelo risco de adoecimento são: pessoas em situação de rua (56 vezes maior o risco); privadas de liberdade (maior 28 vezes); convivendo com HIV (28 vezes maior) e indígenas (3 vezes maior)”.
Uma das profissionais participantes é Amanda Gomes, coordenadora de Vigilância em Saúde, de Mamanguape. “No nosso município temos três casos da doença. Eventos como este são ótimos para tirar dúvidas e enriquecer nossos conhecimentos”, falou.
Em 2018, a Paraíba apresentou uma incidência de 33,1 casos novos de tuberculose por 100.000 habitantes e 1,9 para mortalidade. Quanto aos indicadores de cura e abandono no mesmo ano avaliado, a Paraíba alcançou 43,4% referente ao resultado de cura entre as situações de encerramento para a tuberculose pulmonar bacilifera. Esse resultado está abaixo do recomendado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), o qual orienta curar no mínimo 85% dos casos diagnosticados com tuberculose no país.
A redução da transmissão da doença depende de um diagnóstico precoce, do tratamento adequado, do monitoramento e controle dos comunicantes intradomiciliares de tuberculose, levando a quebra da cadeia de transmissão. Dessa forma, a qualidade do cuidado à pessoa com tuberculose está relacionada à prática dos profissionais da atenção primária, principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao final do treinamento os profissionais estarão conhecendo as novas recomendações; capacitados para a prestação do cuidado da pessoa com tuberculose, desde a identificação de sinais e sintomas até o manejo clínico e deverão difundir os conhecimentos adquiridos com os colegas profissionais na rotina dos serviços de saúde.