Saúde discute unificação dos protocolos de diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer na Paraíba

A Secretaria de Estado da Paraíba (SES) se reuniu, nesta quinta-feira (25), com os hospitais provedores em oncologia das redes pública, privada e filantrópica do estado, para discutir os protocolos de diagnóstico e tratamento dos pacientes com câncer no âmbito do programa Paraíba contra o Câncer. A ocasião visa à uniformização da assistência oncológica. O intuito é avançar na interiorização, para que seja aprimorado o cuidado com os usuários que mais necessitam do atendimento especializado de alta complexidade na Paraíba. 

De acordo com o secretário executivo de Gestão de Rede de Unidades de Saúde, Patrick Almeida, o processo de uniformização da assistência oncológica segue as recomendações do Ministério da Saúde e faz parte do Plano Estadual de Oncologia. “A intenção do Governo do Estado é otimizar o atendimento aos pacientes oncológicos. O programa Paraíba contra o Câncer vem justamente para ampliar a oferta de diagnóstico e tratamento do câncer na Paraíba. Por isso, unificar o protocolo garante que todos os entes, provedores em oncologia comecem a falar a mesma língua e tenham um tratamento que seja equiparado, eficiente e com um custo efetivo para o Sistema Único de Saúde”, explicou.

O encontro contou com a participação de representantes das unidades especializadas no tratamento contra o câncer na Paraíba. Foram eles: Hospital Assistencial da FAP, Hospital do Bem, Hospital Napoleão Laureano,  Hospital Universitário Nova Esperança (HUNE), Hospital São Vicente de Paulo e HMais Onco.

Para o presidente da Fundação Napoleão Laureano, Marcelo Lucena, ter um protocolo unificado é necessário para que sejam realizados atendimentos sem divergência ou intercorrências. “Então essa está sendo a preocupação dos hospitais filantrópicos, do Hospital Napoleão Laureano especificamente e também do Governo do Estado, para que a gente mantenha sempre um serviço de melhor qualidade. Hoje existe o protocolo do SUS, mas geralmente cada hospital mantém seu protocolo próprio e a intenção é justamente nesse sentido, uma unificação de todos os hospitais para que a gente consiga fazer com que o trabalho flua mais rápido e para que a população entenda para onde e quando deve se dirigir”, pontuou.

Lançado recentemente pelo governador João Azevêdo, o programa Paraíba contra o Câncer visa ampliar e organizar a Rede de Atenção ao Paciente com Doença Crônica na área da Oncologia, abrangendo desde o rastreio, diagnóstico, estadiamento, tratamento, até os cuidados paliativos. O plano de implementação do programa prevê investimentos de R$ 40 milhões de custeio por ano e envolve a expansão dos serviços nos hospitais da rede estadual, incluindo cirurgia, diagnóstico e quimioterapia, com a implementação de um sistema de regulação com fila única para aperfeiçoar o acesso aos tratamentos.