Notícias

Salão do Artesanato: Primeira-dama conhece obras de artesãos homenageados no evento

publicado: 24/09/2019 18h17, última modificação: 24/09/2019 18h18
1 | 4
2 | 4
3 | 4
4 | 4
Primeira dama visita homenageados do salao de artesanato foto andre lucio (1).JPG
Primeira dama visita homenageados do salao de artesanato foto andre lucio (5).JPG
Primeira dama visita homenageados do salao de artesanato foto andre lucio (7).JPG
Primeira dama visita homenageados do salao de artesanato foto andre lucio (8).JPG

O 31º Salão do Artesanato da Paraíba será realizado de 10 de janeiro a 2 de fevereiro de 2020, na Avenida Cabo Branco, em João Pessoa, com o tema “Metal que vira arte”. Para conhecer de perto as obras dos artesãos que serão homenageados no evento, a primeira-dama e presidente de honra do Programa do Artesanato da Paraíba (PAP), Ana Maria Lins visitou, nesta terça-feira (24), os artesãos Humberto Heleno, Maria Miguel e Rosicler Fontana. Na segunda-feira (23), a primeira-dama visitou o artista plástico, escultor e artesão Wilson Figueiredo e o artesão João de Deus, ambos também serão homenageados no Salão do Artesanato.

Durante as visitas, a primeira-dama Ana Maria Lins enalteceu o trabalho desenvolvido pelos artesãos locais, destacando o talento que eles possuem em transformar metais em belas obras de arte. “Já tinha visto algumas peças em metal, mas não conhecia detalhadamente esse tipo de arte. Vendo de perto dá para perceber o trabalho minucioso e criativo desses artesãos. Homenagear o metal foi uma excelente iniciativa para o Salão do Artesanato, já que estes artistas merecem todo o reconhecimento por parte do Governo do Estado e da sociedade em geral. Tenho certeza que o público que prestigiar o evento vai ficar encantado com as peças”, afirmou.

De acordo com a gestora do PAP, Marielza Rodriguez, o Governo do Estado visa tornar esse programa autossustentável, aproximando, cada vez mais, suas diretrizes do artesão. “O núcleo central de tudo que fazemos nesse trabalho é o artesão, por isso é tão importante realizarmos essas visitas aos homenageados”, explicou. A gestora ainda acrescentou que os artesãos também têm uma preocupação ambiental. “Temos mais de 12 artesãos listados que trabalham com sucata, arame, peças que sobram de oficinas mecânicas, que são materiais do mundo moderno, mas que têm uma proposta também ligada à questão ambiental, de transformar o metal em arte”, concluiu.

O casal Humberto Heleno e Maria Miguel tem a união fortalecida pelo amor ao artesanato. Juntos eles fazem máscaras de ferro, esculturas medievais, flores e quadros de latas, baús, móveis de ferro e outros produtos. “Eu comecei a trabalhar com grades e portões, mas há uns 20 anos passei a aprender novas técnicas, novos tipos de trabalho e, a partir de então, venho fazendo esse artesanato que é minha fonte de renda. Eu achei muito importante essa homenagem ao metal. O Salão do Artesanato é um estímulo para que o artesão possa caminhar com as próprias pernas”, observou Humberto Heleno.

Hoje a moradia do casal é no próprio ateliê que também é uma serralharia onde as peças são produzidas. “Eu e Humberto já participamos de outras edições do Salão do Artesanato da Paraíba e vejo esse evento como uma grande vitrine para os artesãos. Sempre é muito bom participar e este ano vai ser ainda melhor”, comentou a artesã Maria Miguel.

Já a artesã Rosicler Fontana trabalha com cutelaria, que é a fabricação artesanal de diversos tipos de facas. Ela é a única mulher no Nordeste que faz esse tipo de trabalho. Seu ateliê tem desde a fabricação das facas até a confecção das bainhas de couro. A cuteleira também ministra cursos para levar o que aprendeu a outras pessoas interessadas nessa arte.

Rosicler contou que aprendeu este ofício em 2011 com o esposo e se apaixonou pelo trabalho. “Depois que ele morreu, eu continuei fazendo as facas, ou seja, isso é um legado que ele deixou. Eu faço facas artesanais diferenciadas, cada peça é única. Também estou fazendo espadas e ainda faço a manutenção dos objetos. Achei a homenagem ao metal muito merecida e fiquei honrada em ser lembrada, porque trabalhar com metal não é fácil e isso precisa de reconhecimento”, falou.