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Referência em cardiologia, Hospital Metropolitano realiza ação de conscientização para prevenção da insuficiência cardíaca
O dia 9 de julho é dedicado ao Dia Nacional de Alerta contra a Insuficiência Cardíaca e o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde, realizou uma ação, na manhã desta terça-feira (9) para conscientizar pacientes e acompanhantes sobre a doença que é um distúrbio em que o coração não consegue suprir as necessidades do corpo, causando redução do fluxo sanguíneo, refluxo (congestão) de sangue nas veias e nos pulmões e outras alterações que podem debilitar ou enrijecer ainda mais o coração.
A ação, organizada pelo Ambulatório da unidade hospitalar, gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), contou com um café da manhã para recepcionar os pacientes para a realização de consultas, mostrando que a alimentação saudável é um dos pilares para a prevenção da insuficiência cardíaca. Houve também a distribuição de material explicativo, aferição da pressão arterial e teste glicêmico.
Para Ana Karina da Silva, do município de Lucena, o momento foi muito importante para muitas pessoas, inclusive para ela que teve a oportunidade de fazer o teste de glicemia e verificar a pressão. “Já sou paciente do Hospital Metropolitano e só tenho a agradecer pelo excelente trabalho feito aqui. Hoje tive a oportunidade de saber mais sobre a insuficiência cardíaca, além de fazer o teste de glicemia e verificar minha pressão. Quero também deixar registrado o meu agradecimento pelo ótimo atendimento tanto da recepção, do pessoal do ambulatório e dos médicos”, agradeceu Ana Karina.
De acordo com a cardiologista do Hospital Metropolitano, Roberta Barreto, os fatores de risco para o infarto agudo do miocárdio também são os mesmos fatores de risco para a insuficiência cardíaca. “O paciente hipertenso, diabético, com colesterol alto, que está acima do peso, que é sedentário, esses pacientes são de maior risco para desenvolver a insuficiência cardíaca, e em caso da doença se agravar, pode necessitar, inclusive, de um transplante cardíaco”, explicou a cardiologista.
Segundo a coordenadora do Ambulatório, Patrícia Monteiro, o objetivo do evento é orientar os pacientes sobre a importância dos hábitos saudáveis com orientações médicas, promovendo a conscientização para a prevenção e tratamento da insuficiência cardíaca. Ela ressaltou que os atendimentos para os pacientes com a patologia acontecem às quintas-feiras, e para ter acesso ao serviço o usuário precisa ir à uma unidade de saúde de qualquer município paraibano e receber o primeiro atendimento. A unidade emitirá uma Autorização de Procedimentos Ambulatoriais que será levada para a regulação municipal. A Regulação Municipal enviará um e-mail com a solicitação para Regulação Estadual que irá agendar o atendimento no ambulatório do Hospital Metropolitano.
Quem já utiliza o serviço é o aposentado Francisco de Assis Pereira, de 66 anos, da cidade de Guarabira. Ele era vigilante e precisou se aposentar devido à doença. O paciente relatou que começou a sentir os sintomas no final do ano passado, com muita dor no peito e falta de ar, foi quando procurou a ajuda médica. Francisco elogiou o atendimento recebido no hospital e disse ter esperança de que com o acompanhamento médico tenha uma melhora dos sintomas. “Eu vivo pelas graças de Deus, estou na luta e batalhando para poder melhorar. Estou sendo muito bem atendido e tenho esperança que dias melhores virão”, comentou o aposentado.
O paciente está sendo acompanhado pela cardiologista Amanda Duarte, que enfatizou que os três principais sintomas da insuficiência cardíaca são a falta de ar, os pés inchados e a dificuldade para fazer as atividades básicas como tomar banho, andar dentro de casa, dormir sem travesseiro, dormir com decúbito zero (dormir plano na cama). Ela orientou que todo paciente, a partir dos 40 anos de idade, já tem indicação de fazer uma consulta médica com o cardiologista, principalmente se ele tem fatores de risco cardiovasculares. “Então se é um paciente obeso, sedentário, diabético, tabagista, que tem história familiar de colesterol alto e de doença cardiovascular, a partir dos 40 anos, ele tem indicação, pelo menos uma vez ao ano”, pontuou a médica.
A cardiologista explicou que o principal tratamento da insuficiência cardíaca vai depender de qual é a causa da doença. “A insuficiência cardíaca é uma síndrome composta por sinais de sintomas, o que o paciente sente, o que é que ele apresenta de alteração e que precisa ter uma causa bem esclarecida. Então, a principal causa da insuficiência cardíaca no Brasil é isquêmica, que é o pós-infarto agudo do miocárdio, mas a gente também tem insuficiência cardíaca por hipertensão, que não foi bem tratada ao longo do tempo. O alcoolismo também pode ser uma causa, assim como a doença de Chagas. A maior parte dos pacientes será o tratamento medicamentoso”, explicou Amanda Duarte.
Principais sintomas da insuficiência cardíaca
- ao acúmulo de fluidos nos tecidos, resultando em inchaço especialmente nas pernas, tornozelos, pés ou abdômen;
- ao excesso de líquido nos pulmões, que dificulta a troca eficiente de oxigênio, levando à falta de ar e cansaço durante atividades físicas ou mesmo em repouso;
- à fraqueza e incapacidade de fazer esforço, devido à diminuição do fluxo sanguíneo e ao fornecimento inadequado de oxigênio e nutrientes aos músculos.
Fatores de risco para insuficiência cardíaca
● Hipertensão
● Válvulas cardíacas anormais
● Aumento do coração (cardiomiopatia)
● Histórico familiar de doença cardíaca
● Diabetes
● Alto consumo de álcool
● Anemia
● Irregularidades no ritmo cardíaco
● Quimioterapia
Prevenção da insuficiência cardíaca
A prevenção da insuficiência cardíaca envolve a adoção de um estilo de vida saudável e o controle dos fatores de risco, mantendo um estilo de vida saudável como:
- manter o peso corporal sob controle
- evitar o uso de drogas e excesso de álcool
- buscar avaliação médica regular
- combater o sedentarismo