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Projeto do Hospital de Trauma de João Pessoa incentiva atividades fora do leito

publicado: 03/12/2021 12h15, última modificação: 03/12/2021 12h15

Com o objetivo de humanizar o atendimento dos pacientes que passam muito tempo internados na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, através do setor de Fisioterapia e da equipe multidisciplinar, passou a adotar práticas externas de visitação. A ação inclui fisioterapia fora do leito, bem como tomar banho de sol no heliponto do complexo hospitalar.

Para o fisioterapeuta José Carlos Cavalcante, é preciso enxergar o usuário da unidade de saúde em seus aspectos físicos, psíquicos e sociais, para além do leito da instituição. “Notamos que independentemente da idade quando trazemos os pacientes para fora do leito eles ficam imensamente felizes, e isso é bastante gratificante para todos os profissionais que participam deste momento”, explicou.

José Carlos ressaltou ainda que para poder participar da atividade, o paciente precisa ser liberado pelo médico e fisioterapeuta, já que irá precisar de acompanhamento constante. “O usuário é monitorado e recebe total apoio dos fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e da equipe multidisciplinar. Antes de levarmos o paciente para o ambiente externo, verificamos o clima, todo o equipamento necessário para sua saída, além de contarmos sempre com a opinião da família do enfermo”, completou.

O coordenadode Fisioterapia do hospital, Walter Araújo, esclareceu que ao iniciar a fisioterapia fora do leito, primeiramente deve ser feito com que o paciente se sinta realmente acolhido e respeitado. Após cumprir os protocolos formais, é a vez de escutar o que o paciente tem a dizer. O próximo passo é esclarecer e orientar sobre a saída do leito e os profissionais que também estarão envolvidos no processo de reabilitação e/ou de cuidados clínicos. “A saída do leito para a fisioterapia motora e ao ar livre é um passo muito importante na vida do paciente, tendo em vista que ele pode conviver com outra realidade, ver pessoas, observar o trânsito e sair um pouco da Unidade de Tratamento Intensivo”, frisou.

Laécio Bragante, diretor-geral, garante que o paciente que necessita de cuidados intensivos precisa de um atendimento que vá além de seu diagnóstico. Isso implica em ver um paciente como um todo, seu bem-estar psicossocial e as condições humanas que interferem na qualidade de vida. “Em muitos casos, a adesão ao tratamento é bastante difícil. Com a saída do leito, o paciente se sente confiante no trabalho da equipe. Isso faz com que ele esteja mais propenso a ouvir e seguir o que lhe é recomendado, facilitando a adesão ao tratamento, além disso, o paciente tem a oportunidade de verificar o que está acontecendo ao seu redor”, comentou.