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Projeto Amar encerra primeira turma do curso de Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Projeto de Aprimoramento do Modelo de Atenção na Rede de Saúde do Estado da Paraíba (Amar), realizou, nesta quinta-feira (17), o encerramento das aulas da primeira turma do curso de Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), que tem como objetivo principal promover a redução da mortalidade na infância no estado.
Voltado para médicos e enfermeiros das redes estadual e municipais, o curso da estratégia AIDPI está sendo ministrado nas três Macrorregiões de Saúde, com polos instalados nos municípios de João Pessoa, Campina Grande e Patos. Com um investimento de R$ 2,5 milhões, financiados com recursos oriundos de contrato de empréstimo entre o Governo do Estado e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o curso conta com 2.310 vagas, distribuídas em 66 turmas.
De acordo com a enfermeira e assessora de Gabinete da SES, Renata Nóbrega, a iniciativa vai contribuir para qualificar ainda mais os serviços de saúde pediátrica na Paraíba. “É um curso que vai ajudar a fortalecer a qualidade da assistência à saúde da criança, de forma integrada à assistência materno infantil, com ampliação de serviços na área da obstetrícia”, ressaltou Renata Nóbrega. “O foco principal é atender às necessidades dos trabalhadores em saúde e fazer uma atualização referente aos cuidados das doenças prevalentes na infância”, acrescentou.
A médica pediátrica Ana Carolina Nóbrega foi uma das participantes do curso AIDPI promovido pelo Projeto Amar. Para ela, a capacitação é fundamental para o fortalecimento das estratégias de cuidado na Atenção Primária à Saúde (APS). “Nós reciclamos nosso conhecimento sobre o tema, compartilhamos nossas experiências e discutimos casos clínicos que enriqueceram ainda mais o nosso aprendizado, e vamos sair daqui muito mais direcionados sobre o que podemos fazer na atenção básica para melhorar a qualidade dos nossos serviços”, pontuou.
O curso teve início no último dia 10, na modalidade semipresencial. Os participantes que atingiram o mínimo da carga horária exigida e atenderam aos requisitos estabelecidos no ato da inscrição, terão direito a uma certificação emitida pela Faculdade Estácio de Sá, instituição responsável pela execução do curso.
AIDPI - Desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), a estratégia AIDPI se alicerça em três pilares básicos: o primeiro é a capacitação de recursos humanos no nível primário de atenção, com a consequente melhoria da qualidade da assistência prestada; o segundo é a reorganização dos serviços de saúde, na perspectiva da AIDPI; e o último é a educação em saúde, na família e na comunidade, de modo que haja uma participação de todos na identificação, condução e resolução dos problemas de saúde dessa família, especialmente dos menores de 5 anos de idade.
No Brasil, a estratégia AIDPI foi adaptada às características epidemiológicas da criança e às normas do Ministério da Saúde relativas à promoção, prevenção e tratamento dos problemas infantis mais frequentes, como aqueles relacionados ao aleitamento materno, promoção de alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento, imunização, assim como o controle dos agravos à saúde tais como: desnutrição, doenças diarreicas, infecções respiratórias agudas e malária, entre outros.
Projeto Amar - O Projeto de Aprimoramento do Modelo de Atenção na Rede de Saúde do Estado da Paraíba (Projeto Amar), desenvolvido pelo Governo do Estado, é um investimento que visa o fortalecimento da ação do SUS na Paraíba, com melhorias na oferta de serviços essenciais e com o fortalecimento da rede de serviços baseada na Atenção Primária, por meio do aumento das capacitações clínicas e do treinamento permanente das equipes nos protocolos de linha de cuidado. Além disso, o projeto, que é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), também busca contribuir para a agenda de inovação por meio do financiamento de novas tecnologias em saúde.