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Projeto Algodão Paraíba mantém calendário de plantio e assistência remota

publicado: 15/04/2020 09h25, última modificação: 15/04/2020 09h26
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Devido ao início do período chuvoso, o Projeto Algodão Paraíba iniciou a distribuição de sementes nas regiões de abrangência de Campina Grande, Areia, Solânea e Itabaiana. No primeiro trimestre, foram beneficiados produtores rurais do Médio Sertão paraibano. Neste ano, serão contemplados 264 agricultores paraibanos, localizados uma área total de 360 hectares.

Excepcionalmente, durante o isolamento social determinado pelo decreto estadual assinado pelo governador João Azevêdo, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a assistência aos produtores ocorre de forma remota, com os técnicos disponíveis para esclarecer eventuais dúvidas e oferecer orientações na condução do plantio.

Como em anos anteriores, a garantia de mercado, o fornecimento de sementes certificadas e a orientação técnica continuada pelo Governo do Estado, por meio da Empaer, empresa vinculada à Sedap, desperta o interesse de agricultores familiares para o cultivo do algodão agroecológico.

A previsão é de que a área e o número de produtores integrados ao projeto tenham um crescimento aproximado de 380% em relação ao ano passado.

Entre os parceiros do Projeto Algodão Paraíba está a Coopnatural. A presidente Maysa Gadelha explicou como funciona a participação da entidade no processo de apoio aos produtores. “Somos a cooperativa que articula todos os parceiros e faz as conexões necessárias e providências para o processo andar”, afirmou.

Segundo Maysa Gadelha, se os produtores precisam de algo que seja entre os parceiros, juntos, buscam as soluções das questões. Sobre a experiência dos anos anteriores, ressaltou que os resultados têm sido satisfatórios. “A cada ano o resultado é melhor do que o anterior, mas temos que nos esforçar cada vez mais, por causa do crescimento e não perder o controle do manejo correto”, ressaltou, lembrando que a partir das informações corretas e o envolvimento de todos os atores, os avanços estão se consolidando, mesmo que os desafios sejam maiores a cada safra.

Quanto à receptividade dos produtores ao projeto, Maysa Gadelha lembrou que isso tem ajudado muito, “pois os agricultores precisam de resultados positivos para se sentirem seguros quanto aos processos, assistência técnica, pagamentos em dia, insumos na hora certa”.

O projeto foi implantado em 2015, e conta com parceria da Embrapa Algodão, da Norfil S/A Indústria Têxtil e da Cooperativa de Produção Têxtil Afins do Algodão (Coopnatural).

Certificação – No ano passado foram certificadas 107 propriedades como produtoras de algodão orgânico, dentro do Programa Algodão Paraíba, e para este ano a previsão é de que chegará a 250 propriedades de agricultores familiares sejam certificadas, informou a engenheira agrônoma Eliane Cecília, consultora na área de orgânico que faz parte da equipe de acompanhamento deste trabalho.

Sobre o trabalho de assistência técnica realizada pela Empaer, Eliane destacou como sendo fundamental para o crescimento e o andamento do projeto. “Os técnicos sempre quando necessário, passam por capacitações sobre manejo de cultivos agroecológicos, manejo da cultura do algodão e certificação orgânica”, comentou. Estas capacitações ocorrem em parceria com a Embrapa Algodão e com a própria Eliane Cecília.

Pela Empaer, o Projeto Algodão Paraíba tem o acompanhamento do diretor Técnico Jefferson Morais e o gerente Executivo de Planejamento e Operações, Cristiano Campello. Eles, juntamente com os técnicos da Copernatural e parceiros, no início do ano, fazem o planejamento de produção junto com os agricultores, ocasião quando é repassado o período da distribuição das sementes, o contrato de compra e venda com preço definido do algodão em rama, a logística de entrega da produção realizada pela empresa compradora, e as exigências para participar do programa quando a certificação orgânica.

“A certificação orgânica das propriedades é um bônus, pois além de garantir a compra do algodão, também permite agregar valor aos demais produtos vegetais oriundos da propriedade, já que são produtos certificados”, explicou Eliene.