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Programação nas unidades socioeducativas da Fundac lembra Dia da Consciência Negra
A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente ‘Alice de Almeida’ (Fundac), por meio da Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha, realizou, nesta semana, programação alusiva ao Dia da Consciência Negra, lembrado neste sábado (20). Cada unidade envolveu os socioeducandos em conversas, exposição e exibição de curtas sobre preconceito e discriminação por conta da cor da pele.
A ação contou com roda de conversa sobre racismo, preconceito, bullying, povos quilombolas, Zumbi dos Palmares, a história dos escravos etc. No Centro Educacional do Adolescente (CEA/JP) também teve apresentação musical, produção de bonecos, apresentação de capoeira, exibição de curta, documentário e comida típica. Cada unidade realizou as rodas de conversas envolvendo socioeducandos para conversar sobre o tema.
A vice-diretora do CEA/JP, Luciana Gomes, disse que o dia da Consciência Negra é fundamental para evidenciar as desigualdades e violências contra a população negra ainda existente em nossa sociedade. “Para além de um momento festivo, a data nos proporciona a reflexão sobre o racismo e as suas implicações na realidade da juventude privada de liberdade”, comentou, destacando que “é preciso lutar por uma educação transformadora que coloque o negro em um lugar de possibilidades de futuro, onde os socioeducandos negros se enxerguem nos seus educadores”.
O coordenador pedagógico do CEA/JP, Paulo Henrique, comentou que hoje é um dia não só de uma data comemorativa de uma agenda escolar, mas uma data em que trabalhamos a cultura, os valores negros e a necessidade de termos conhecimento do poder do negro dentro da sociedade. “Então é muito importante os alunos receberem esse conhecimento não só dentro da sala de aula como em atividades alusivas e datas comemorativas”.
A diretora da Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha, Tatiana Pinangé, informou que trabalhar o respeito à diversidade humana já é uma marca na escola que desenvolve sua prática educativa à luz dos direitos humanos. “Então, durante todo ano nós trabalhamos essas temáticas e, em novembro, como não pode deixar ser, seguindo todo o calendário que é nacional, nas atividades pedagógicas educativas trabalhamos o Dia da Consciência Negra com a realização de culminâncias”, pontuou.
No CEA/JP a ação contou com apoio, participação e logística do diretor da unidade, Marcos Bento, dos professores Anderson Domingos (Música), Gorete Caldas (biblioteca), Danielson Lima (História) e Fernanda Mara e Sonia Santiago (Artes).
Unidades - As ações seguiram nas demais unidades com a programação diversificada dentro da temática da consciência negra. O Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE) contou com apresentação musical, exibição de documentário, roda de conversa, reflexão sobre os quilombos, exposição virtual, artes, cartazes, apresentação do curta ‘Amor de Cabelo’, atividade prática desconstruindo o preconceito e gastronomia afrobrasileira.
No CEA/Sousa teve culminância com a ‘Semana da Consciência Preta’, envolvendo também rodas de diálogos e exposição de cartazes. A coordenadora pedagógica, Socorro Magalhães, levou para a unidade Petrucio Calixto da Silva, integrante do grupo Coletivo Black Star, que aborda questões étnicas raciais através de debates, discussões e movimentos em defesa dos direitos das pessoas pretas.
No Lar do Garoto, a temática foi trabalhada apenas por meio das atividades impressas e no Centro Educacional do Jovem (CEJ) houve apresentação de músicas temáticas, exibição de vídeo sobre a Consciência Negra, apresentação teatral, construção de mural com imagens e artigos de acordo com a declaração dos Direitos Humanos e comidas típicas; e na Rita Gadelha (unidade feminina), além das rodas de conversa e exibição de filmes sobre a temática, houve um momento de empoderamento e embelezamento feminino com a cabeleireira Rita Black.