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Programa Espaço Cultural destaca shows de Totonho e Escurinho com a Orquestra Sinfônica da Paraíba

publicado: 23/11/2022 15h27, última modificação: 23/11/2022 15h27
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Fotos: Diego Nóbrega
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Se você perdeu o show antológico de sábado passado (19), quando a Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB) recebeu dois dos maiores cantores e compositores da contemporânea cena musical paraibana: Totonho e Escurinho, terá oportunidade de conferir um pouco do que aconteceu naquele dia na Praça do Povo do Espaço Cultural José Lins do Rêgo, no bairro de Tambauzinho, em João Pessoa, dentro da programação do Mês da Consciência Negra.

É que o programa Espaço Cultural desta quinta-feira (24) trará as músicas que foram apresentadas, em gravação ao vivo, durante a homenagem aos dois artistas. O programa editado e apresentado pelo jornalista e radialista Jãmarrí Nogueira vai das 22h à meia-noite, na Rádio Tabajara (105,5).

A Orquestra, sob regência de Luiz Carlos Durier, começou a noite com ‘Dança di negri’, de Oscar Lorenzo Fernandes. Também teve ‘Sítio do Pica-pau Esotérico’, de Dimitri Cervo (a partir de obras de Gilberto Gil), ‘A praieira’, de Chico Science, e – fechando a noite – ‘Aquarela do Brasil’, de Ary Barroso.

Ao entrar no palco, Totonho cantou quatro músicas juntamente com a Orquestra: ‘Totonho, venha salvar o mundo’, ‘Eu mandei meu amor pro espaço’, ‘Nhem nhem nhem’ e ‘Amassar a lataria’. Já Escurinho, interpretou outras quatro: ‘Lá vem a onda’, ‘Negro Espírito’, ‘Cadê as flores’ e ‘Coco na Penha’.

Antenado com as convergências de plataformas, o programa Espaço Cultural – que só toca música da Paraíba - pode ser ouvido no https://radiotabajara.pb.gov.br/radio-ao-vivo/ e, no dia seguinte à apresentação, fica disponível no canal da Funesc no YouTube.

Totonho – Nascido em 1964 na cidade de Monteiro – no Cariri da Paraíba – o cantor e compositor Carlos Antônio Bezerra (mais conhecido como Totonho) é um dos grandes nomes da cena alternativa brasileira. Seus últimos discos são ‘Samba Luzia Gorda’ e ‘Coco ostentação’. Discografia também conta com ‘Sabotador de satélite’ e ‘Totonho e Os Cabra’.

O passeio pelo funk, samba, música eletrônica e baladas marca sua sonoridade, que conta com letras de extrema criatividade e com estruturação que evidencia a influência de cantadores e repentistas em sua trajetória. Totonho iniciou a carreira em Monteiro e mudou-se para João Pessoa (onde sofreu influência do Jaguaribe Carne e de artistas do Musiclube da Paraíba).

Depois, radicou-se no Rio de Janeiro por mais de uma década. Lá, dedicou-se também ao trabalho de arte-educador e concluiu sua pós-graduação. Ainda no Rio, abriu shows para grandes nomes da música brasileira, como João Bosco e Geraldo Azevedo. Em 1997, foi aprovado no Projeto Pixinguinha, que levou o músico em turnê por sete capitais brasileiras. 

Em 1999, uma fita demo do grupo Totonho e os Cabra caiu nas mãos do renomado e saudoso produtor Carlos Eduardo Miranda, abrindo espaço para o lançamento do disco de estreia do músico, em 2001. De lá pra cá, mais três álbuns foram lançados, com direito à inclusão da ‘Tudo pra ser feliz’ na coletânea francesa ‘La Nouvelle Musique Brésilienne’, de 2005.

Escurinho – Jonas Epifânio dos Santos Neto é o nome de batismo do cantor, compositor, percussionista e ator Escurinho. Nascido em Pernambuco, em 1962, ele foi morar em Catolé do Rocha ainda na primeira infância. No Sertão da Paraíba, ganhou régua e compasso. Foi em Catolé, ainda criança, que ele formou juntamente com Chico César o grupo Ferradura.

Quando mudou-se para João Pessoa sofreu influência do Jaguaribe Carne e do Musiclube da Paraíba. Disputou diversos festivais de música e integrou edição do projeto Itaú Cultural. Escurinho tocou com grandes nomes da nossa música, como Chico César e o saudoso Pinto do Acordeon.

Foi na capital paraibana que ele lançou os discos ‘Labacé’, ‘Malocage’, ‘O princípio básico’ e ‘Ciranda de maluco’. Ainda O DVD ‘Toca Brasil’. Escurinho atuou no premiado espetáculo ‘Vau da Sarapalha’, sob direção de Luiz Carlos Vasconcelos, ao lado de Nanego Lira, Everaldo Pontes, Servílio de Holanda e Soia Lira. ‘Vau da Sarapalha’ foi sucesso de crítica e público.