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Profissionais de saúde participam de qualificação para prevenção e controle da hanseníase e inclusão do teste rápido

publicado: 08/08/2023 10h21, última modificação: 08/08/2023 10h22
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O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES)/Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, em parceria com o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, está promovendo uma qualificação dos profissionais de saúde da Atenção Primária para fortalecer as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle da hanseníase e a inclusão do teste rápido na avaliação dos contatos (toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com uma pessoa acometida pelo bacilo de Hansen). O evento começou nessa segunda-feira (7) e teve continuidade nesta terça-feira (8), no auditório do Hotel Littoral, em João Pessoa. 

 A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, destaca a importância desse manejo clínico. “A hanseníase é uma doença que precisa ter acompanhamento por muitos anos e ainda existe a particularidade na dificuldade de fazer o diagnóstico pela demora que se tem de aparecer alguns sintomas. Nessa qualificação, os profissionais da Atenção Primária sairão mais fortalecidos para lidar com o agravo e, principalmente, no acompanhamento dos casos que são contatos e já foram notificados e estão em tratamento”, explicou.

Na Paraíba, neste ano de 2023, do começo do ano até agora, foram registrados 240 novos casos de hanseníase. Uma das palestras foi “Hanseníase na Atenção Primária à Saúde”, proferida pela médica de família e comunidade Albanete Lima. “A hanseníase é uma doença que tem cura, mas, para isso, precisa ser diagnosticada precocemente. Caso contrário, terão sequelas neurológicas e físicas. Já com o diagnóstico precoce, a pessoa faz o tratamento, fica curada, sem nenhum tipo de sequela e pode retomar suas atividades normalmente”, pontuou. 

A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa, de notificação compulsória, com alto poder incapacitante, devido à afinidade do seu agente etiológico (Mycobancterium leprae) pela pele e nervos periféricos. As pessoas que apresentam maior risco de adoecimento são os contatos intradomiciliares de pessoas doentes que ainda não iniciaram tratamento.

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems-PB) é parceiro do evento, que reuniu profissionais de saúde da Atenção Primária dos municípios da Terceira Macrorregião de Saúde (Patos). “A participação do Cosems nas políticas públicas de saúde é imprescindível para agregar, multiplicar, construir, coletivamente, estratégias para o fortalecimento da atenção à saúde na Paraíba”, falou a assessora técnica do Cosems-PB, Anna Katarina Galiza.