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Primeira paciente jovem do Hospital Metropolitano a receber transplante cardíaco tem alta após pouco mais de um mês

publicado: 25/08/2023 16h30, última modificação: 25/08/2023 16h30
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Esta sexta-feira (25) foi um dia de muita alegria para a família de Andrezza Soares Silva, de 29 anos, que depois de passar por um transplante cardíaco, no último dia 14 de julho, recebeu alta do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade pertencente à rede estadual de saúde e gerenciado pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), e vai poder passar o fim de semana em casa, com a filha bebê, que ela não podia carregar no colo por causa do problema cardíaco que tinha anteriormente.

“Eu estou muito feliz, me sentindo muito bem, e só tenho a agradecer: a Deus, à família do doador e a toda a equipe que cuidou muito bem de mim neste período. Finalmente vou poder voltar para casa, cuidar dos meus filhos, da minha bebê que eu não conseguia pegar pois me cansava muito”, contou Andrezza, minutos antes de ser homenageada e sair andando pela porta da frente do Hospital Metropolitano.

De acordo com a médica cardiologista Tauanny Frazão, Andrezza era uma paciente delicada. Ela sofria de insuficiência cardíaca grave, por causa de uma febre reumática. Com a alteração das válvulas cardíacas, a jovem já havia realizado a troca da válvula mitral, mas não estava evoluindo bem e apresentava cansaço aos mínimos esforços.

"Ela é superespecial, porque durante a avaliação de transplante, há dois anos na fila já, acabou engravidando e teve que esperar um pouco mais. Ela foi muito corajosa, pois passou por uma gravidez complicada, teve uma bebê de maneira prematura, mas graças a Deus as duas sobreviveram e ela pôde voltar para a lista de transplante, recebendo, após cinco meses, um novo coração, que está batendo de uma forma maravilhosa no peito dela", disse Tauanny.

A nova vida de Andrezza só foi possível graças ao "sim" que a família de um adolescente de 16 anos deu para a doação de múltiplos órgãos, após a confirmação da morte encefálica dele.

A captação do coração aconteceu no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, e o órgão foi levado pelo Corpo de Bombeiros, com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), até o aeroporto do município, de onde foi levado no avião do Coração Paraibano até o aeroporto de João Pessoa, de onde seguiu para o Metropolitano em uma viatura dos Bombeiros.

"Nós só temos a agradecer a essa família, que em meio a tanta dor, pôde demonstrar este ato de generosidade e empatia em doar órgãos, doar vida", completou a médica.
Para Andrezza, agora fica a esperança de uma vida melhor. “Meu sonho é andar de bicicleta, que eu não podia, e agora posso. Tudo isso graças ao sim da família do doador. Por causa disso, hoje eu estou viva e sou outra pessoa”, ressaltou.

Sobre o Metropolitano: O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires é referência em cardiologia e neurologia e recebeu o credenciamento para realização do transplante cardíaco em junho de 2020. Desde então, foi implantado na unidade o Ambulatório de Transplante para atendimento a pacientes candidatos ao procedimento. Além do transplante em adultos, o Metropolitano tornou-se o 5º hospital público do país habilitado para fazer transplante de coração pediátrico. De 2022 até este mês de agosto, já foram realizados cinco transplantes cardíacos, além de várias captações de múltiplos órgãos.