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Paraíba sedia oficina sobre Melhoria do Diagnóstico da Causa de Morte

publicado: 06/11/2018 23h00, última modificação: 14/05/2019 21h16
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O Ministério da Saúde (MS) está realizando, em João Pessoa, uma oficina de trabalho para médicos ligados à Rede Pública de Saúde com o tema voltado para a melhoria do diagnóstico da causa de morte. O evento, que começou nesta quarta-feira (7), é organizado com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com o MS e a Fundação Bloomberg Philantropies, por meio da Organização Não Governamental (ONG) Vital Strategy, além do apoio das Universidades de Melbourne (Austrália) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para uma das ministrantes da oficina, a professora da UFMG e consultora do MS, Valéria Passos, uma das mais importantes maneiras de saber o perfil de saúde do brasileiro e do que as pessoas estão morrendo é ter um atestado de óbito com boa qualidade e informações relevantes. Ela explica que, em quase um terço desses certificados, a causa de morte que os médicos colocam são pouco úteis para a saúde pública. “Causas como parada cardiorrespiratória não ajuda o país a saber do que aquela pessoa morreu para prevenir a próxima morte”, pontua.

Valéria conta que o objetivo do evento é treinar os médicos participantes para que eles sejam multiplicadores do tema e repliquem o assunto nos hospitais em que trabalham. “Nessa ação aqui específica, de melhoria da qualidade da informação em mortalidade, eu estou replicando o que eu fazia pelo Brasil. Eu dava aulas para os médicos sobre como preencher correto o atestado de óbito. Só que eu sou uma só e o Brasil é muito grande. Hoje não é uma palestra, é uma oficina na qual esses profissionais serão treinados para dar aula sobre esse assunto. Ao final dos dois dias, eles vão ter que dar a própria aula pra gente”, afirma.

Foram convidados para participar do evento médicos de 60 municípios espalhados pelo Brasil. De acordo com a técnica do MS e facilitadora da oficina, Raquel Barbosa, foram identificados e selecionados, com a ajuda de gestores municipais e estaduais, profissionais com o perfil multiplicador para replicar essa oficina junto aos médicos de cada cidade. “A partir daí, estamos testando um método de sensibilização sobre a melhoria do diagnóstico da causa de morte, envolvendo a gestão e os hospitais onde tem o maior índice de causa de óbito mal definida”, explica.

A secretária de Estado da Saúde, Claudia Veras, esteve presente na abertura do evento e, em sua fala, ressaltou que é sempre muito oportuno ter a possibilidade de fazer um movimento de qualificação. “É fundamental uma oficina direcionada para melhorar o diagnóstico de causa da morte, pois é através dessa notificação que nós gestores podemos trabalhar no planejamento da saúde pública e redirecionar o foco das ações a partir das informações que são produzidas nos atestados de óbitos.”, completou.

A Oficina para multiplicadores médicos com o tema Melhoria do Diagnóstico da Causa de Morte ocorre até esta quinta-feira (8), no auditório do Hotel Caiçara.

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