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Paraíba sedia evento que vai discutir o SUS diante das violências e apontar sugestões

publicado: 09/03/2018 00h00, última modificação: 30/05/2019 11h54

Discutir e entender as violências no SUS e apontar sugestões para enfrentar tais problemas é o objetivo do seminário “O SUS diante das violências: vivências, resistências e propostas”, que acontecerá em João Pessoa. O evento é da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, com organização da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e será no período de 20 a 22 de março, no Espaço Cultural.

A organização do seminário também conta com a parceria do Grupo de Pesquisa de Educação Popular em Saúde, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, com a Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, da Abrasco. As inscrições para o Seminário podem ser feitas no site: www.abrasco.org.br

“A expectativa é que consigamos reunir cerca de 400 pessoas, incluindo representantes de movimentos sociais, associações de classe, profissionais e gestores de saúde, usuários do SUS e público em geral. A ideia é que sejam colocados pontos de vista diferentes para que, no final, haja uma maneira nova de entender e enfrentar o problema das várias formas de violência no SUS”, disse o membro do Grupo de Pesquisa em Educação Popular em Saúde, da UFPB e da Rede de Educação Popular em Saúde e assessor pedagógico do Cefor-PB, Ernande Valentin.

Promover qualificação dos profissionais e monitoramento das formas de violência que chegam às unidades de saúde, em todo estado é uma das ações da Secretaria de Estado da Saúde. Por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis – Ndants, profissionais de saúde dos municípios são qualificados para que façam as notificações das várias formas de violência (contra mulher, criança, adolescente, idoso, morador de rua, índio, negros, etc), no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. Dessa forma, terá um panorama da situação e, a partir daí, serão traçadas as ações de enfrentamento dessas violências.

Entre 2015 e 2018, foram 9.936 notificações, em todo estado. “É preciso que os profissionais de saúde tenham consciência do seu papel diante das notificações qualificadas, preenchendo as fichas com todas as informações necessárias”, lembrou a chefe do Ndants, Gerlane Carvalho.

Quanto ao Seminário, Gerlane espera que venha contribuir para o enfrentamento destas violências. “Tudo que se discute sobre violência para tentar criar estratégias de enfrentamento é muito bem-vindo”, falou.

De acordo com a programação, o Seminário será aberto oficialmente no dia 20, às 18h e será encerrado no dia 22, também às 18 horas. Durante os três dias de evento, serão realizadas várias discussões, por meio de mesas redondas, rodas de conversa, exposições, sobre o tema da violência no SUS, com a participação de palestrantes do país inteiro, de várias instituições, a exemplo da SES-PB, Fiocruz, UFPB, UERJ, UFRR, UFBA; consultores técnicos do Ministério da Saúde; lideranças comunitárias; médicos da família e estudantes universitários, que vão falar de temas como “o estudante diante das violências nos cenários de práticas de sua formação nos diversos cursos de saúde”.

O Seminário será preparatório para o Abrascão 2018, que ocorrerá no Rio de Janeiro, e para o o 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, da Abrasco, que também será na capital paraibana, em setembro de 2019.

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