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Paraíba realiza webinário sobre reabilitação pulmonar pós-covid-19
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou, nesta quarta-feira (30), o webinário O Pulmão Pós-Covid: Reabilitar, Reintegrar, Superar. O evento faz parte do calendário do Junho Violeta – mês de prevenção de doenças respiratórias, e contou com a participação do secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, e da pneumologista Maria Enedina Claudino. Durante o webinário, os médicos esclareceram sobre a necessidade do tratamento de pacientes pós-covid, sobretudo quando estes passam por internação. O evento foi acompanhado por secretários e profissionais de saúde de vários municípios da Paraíba.
Segundo Geraldo Medeiros, muitos pacientes se consideram recuperados após a alta hospitalar e ignoram que as sequelas podem trazer riscos de morte: “São comuns casos de arritmias cardíacas e trombose, isso sem mencionar os aspectos psicológicos e cognitivos, que exigem a intervenção de uma equipe multiprofissional no cuidado desse indivíduo. A doença ainda é desconhecida e há casos de pacientes que tiveram lesões pulmonares irreversíveis e precisaram se submeter a transplante de pulmão”, explicou, destacando a necessidade de preparar os profissionais de medicina, fisioterapia, fonoaudiologia, educação física, psicologia e nutrição para recepcionar e tratar adequadamente os pacientes que apresentem sequelas graves da doença.
O secretário ainda enfatizou que a Paraíba já conta com ambulatórios de atendimento aos pacientes no processo de recuperação pós-covid-19, que funcionam no Complexo de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga, no Hospital de Clínicas de Campina Grande e também no sertão do estado. “Pelo menos 70% dos municípios tem equipes disponíveis desde a atenção básica para dar suporte aos usuários”, esclareceu.
Em sua apresentação, a pneumologista Maria Enedina Claudino explicou que muitos pacientes recuperam-se naturalmente das sequelas em um período de até 180 dias, mas que o acompanhamento é obrigatório para aqueles que precisaram passar por internação, principalmente se esta tiver sido prolongada. Segundo ela, não há medicamento para esse tratamento e a reabilitação consiste na atuação da equipe multiprofissional que precisa estar qualificada. “A boa notícia é que a grande maioria dos pacientes se recupera totalmente após o tratamento adequado, mas é importante procurar uma equipe habilitada em oferecer o atendimento necessário”, concluiu.