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Paraíba participa de audiência pública sobre tráfico e desaparecimento de pessoas
A Paraíba participou, nessa terça-feira (4), em Brasília, de uma Audiência Púbica sobre o Tráfico e Desaparecimento de Pessoas, por meio do Núcleo e do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba, colegiado que é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh). O convite foi feito pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputado Luiz Couto.
Estiveram presentes vários Estados da Federação, autoridades do Ministério da Justiça, Defensoria Pública da União, Ivanisi Esperidião da Silva – Fundadora da ONG Mães da Sé (São Paulo), Renata Braz, coordenadora geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, dentre outros visitantes. A audiência aconteceu no Anexo II, plenário 9 da Câmara Federal, às 14h.
A audiência trouxe um debate amplo e relevante sobre tais práticas do tráfico de pessoas e outras formas modernas de escravidão e do Desaparecimento de Pessoas no Brasil, dentre outros como: quais ações de prevenção e combate a essa forma de submissão e exploração do ser humano e a necessidade do Brasil se unir a uma corrente internacional de debates e ações práticas para reduzir e eliminar a mercantilização da vida, especialmente de mulheres e crianças.
Dados do IBGE mostram que, entre 2016 e 2017, houve um aumento de 11,2% de famílias abaixo da linha da pobreza. O índice de vulnerabilidade social, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que o Norte e o Nordeste concentram mais de metade das rotas de tráfico internacional de pessoas com destino à Europa.
Vanessa Lima, coordenadora do Núcleo e do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba, demonstrou a importância da Paraíba estar participando devido o trabalho que vem sendo desenvolvido no Estado sobre a temática: “Esse é um momento em que se unem diversos segmentos em prol de uma luta, fico feliz poder contribuir para a política pública dessas duas chagas sociais que tantas vezes se entrelaçam e precisam de visibilidade. Parabenizo, ainda, a iniciativa da Audiência, pois esse debate se faz urgente e imprescindível junto à sociedade”.