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Paraíba apresenta aumento no número de casos prováveis de dengue, chikungunya e zika

publicado: 10/05/2021 18h02, última modificação: 10/05/2021 18h07

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) publicou, nesta segunda-feira (10), o Boletim Epidemiológico das Arboviroses nº 4 (BE), referente à 17ª Semana Epidemiológica (SE), até 1º de maio, que aponta um aumento significativo no número de casos prováveis de dengue, chigungunya e zika na Paraíba com relação à publicação anterior.

De acordo com a técnica da SES responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, o boletim atual indica 1.671 casos prováveis de dengue, enquanto o anterior apresentava 974. Já para a chikungunya, o desse mês tem 1.342 casos e o BE nº 3 trouxe 961, e para a zika, a 17ª SE apresenta 104 casos prováveis, enquanto o boletim anterior apresentava 40. Ela afirma que a crescente reflete no olhar diferenciado do profissional de saúde, identificando as arboviroses.

“Sabemos que a Covid-19 acaba mascarando esses sinais e sintomas. A sintomatologia é bastante semelhante à das arboviroses, e acaba confundindo. A SES continua fazendo o assessoramento e o monitoramento junto aos municípios e suas respectivas Gerências Regionais de Saúde. Este trabalho está sendo realizado de forma on-line, com videoconferência, tratando sobre o manejo clínico das arboviroses”, pontua.

Carla Jaciara explica que, com relação ao mesmo período de 2020, houve redução de variação significativa para os casos prováveis de dengue. Já para os casos prováveis de chikungunya há um importante acréscimo de 436%, também comparados ao mesmo período do ano anterior. Para os casos prováveis de zika, houve um aumento significativo de 136%. Até a SE 17 de 2021, houve três registros de óbitos suspeitos por arbovirose no município de Campina Grande, Conde e João Pessoa.

A técnica destaca também que, de acordo com o Guia Epidemiológico, o vírus da dengue pode ser classificado em quatro sorotipos, sendo conhecidos como: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Ela afirma que, neste último boletim, foi possível identificar 15 casos de dengue tipo II na Paraíba.

“Quando a gente consegue coletar uma amostra em tempo oportuno, e fazer o isolamento, conseguimos identificar esses casos. Está aí a importância de estar sempre vigilante com relação ao acompanhamento e identificação para a coleta em tempo oportuno dessas amostras sejam realizadas”, observa.

O combate ao mosquito é permanente e é importante lembrar que a população precisa seguir mantendo os cuidados de sempre como eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, contribuindo para o controle das arboviroses dengue, zika e chikungunya. O boletim traz uma série de recomendações às Secretarias Municipais de Saúde, tais como: manter ativa a vigilância para notificação dos casos suspeitos; realizar coleta de material para confirmação laboratorial de casos suspeitos e para o isolamento viral, com intuito de identificar o sorotipo de dengue circulante.

Confira aqui o Boletim Epidemiológico nº 4