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Ouse Criar divulga 20 equipes que seguem para a próxima fase do programa

publicado: 22/12/2020 19h01, última modificação: 22/12/2020 19h04

Com todos os desafios impostos pela pandemia, o programa Ouse Criar chegou a uma marca importante ao divulgar os 20 melhores projetos de 2020 propostos por estudantes que, agora, seguem para uma nova fase do programa de empreendedorismo e inovação desenvolvido na Rede Estadual de Ensino por especialistas da Secretaria de Educação e da Ciência e Tecnologia da Paraíba. Os selecionados foram divulgados nesta terça-feira (22), no Diário Oficial do Estado e no site do Paraíba Educa (https://pbeduca.see.pb.gov.br/p%C3%A1gina-inicial/programa-ouse-criar).

Essa divulgação marca o final da Etapa Estadual, a terceira da primeira fase do programa. A primeira fase foi a Etapa Escolar, outra fase foi realizada nas 14° Gerências Regionais de Ensino, e por fim, a Etapa Estadual. A coordenadora do Ouse Criar, Joedna Sabino, explica que cada etapa aconteceu de maneira remota. “A gente utilizou o meet, o zoom, o YouTube”, disse mostrando como o programa enfrentou a pandemia. “Os projetos agora vão para a fase de desenvolvimento, a segunda fase do programa”, adiantou.

Para Joedna Sabino, a dinâmica que surgiu por uma necessidade sanitária acabou sendo surpreendente. “Além de utilizar essas ferramentas tecnológicas e toda essa metodologia remota, a gente contou bastante com a ajuda das Gerências Regionais, assistentes regionais e, principalmente, com os professores e professoras, mentores e mentoras do programa Ouse Criar. Usamos a dinâmica de reuniões, de alinhamentos, de encontros como webnários, ciclos de palestras, para auxiliar na ideia dos projetos. A gente realmente utilizou bastante os meios tecnológicos para que o programa tivesse essa propagação”, disse.

Cada escola poderia mandar um projeto, o que resultou em 168 projetos. Depois da seleção da Etapa das Gerências, 69 projetos estavam classificados para a Etapa Estadual. Aí, uma nova seleção levou aos 20 projetos divulgados agora.

“A gente tinha as problemáticas que tinham que ser desenvolvidas de acordo com os quatro eixos que a gente tem no programa: tecnologias educacionais, tecnologias sociais, soluções governamentais e setor produtivo local. As perguntas giravam em torno desses eixos. A gente tentou trabalhar com as trilhas da inovação dessa forma”, explica Sabino.

Os estudantes foram desenvolvendo ferramentas específicas da inovação e do empreendedorismo, trabalhando o modelo de negócio com mais afinco para apresentar os projetos na etapa da gerência. “Na etapa da gerência, a gente já vê soluções – no caso, os protótipos e as ideias – pra gente poder desenvolver esses projetos”, explica a coordenadora. “Eles estavam ‘vendendo’ os projetos para que a gente pudesse auxiliar no desenvolvimento desses projetos. Tivemos projetos diversificados. Teve, por exemplo, agricultura familiar, jogos educacionais, a gente trabalhou com mobilidade urbana, turismo sustentável... Várias temáticas importantes foram abordadas nessa etapa do programa”, falou.

Este foi o primeiro ano em que o Ouse Criar aconteceu no formato de hackathon (que é um evento em maratonas de trabalho com o objetivo de criar soluções específicas para um ou vários desafios). Isso porque o programa se caracterizou como tal em dezembro do ano passado, quando virou lei estadual. “Antes acontecia como uma maratona no final do ano ou pequenas maratonas na escola, que trabalhassem situações-problema também”, explica. “Ele começou com a pegada de workshops e foi tomando corpo de programa”.

Ao todo, 840 estudantes participaram do programa em toda a Rede Estadual de Ensino. Uma experiência que pode fazer diferença na vida de cada um deles muito além da vivência acadêmica e dos projetos em que trabalharam.

“A gente consegue enxergar um jovem que está trabalhando seu protagonismo. É importante estimulá-los porque eles estão olhando realmente para problemas que estão atrelados às suas vivências. Acreditamos muito que inserir essa pegada do Ouse Criar no estímulo de projetos, nessa visão de desenvolvimento, nessa visão de criação de startups e novos meios metodológicos está ligado não só ao crescimento acadêmico dos estudantes, mas aos seus projetos de vida, a enxergar as competências do século 21 – que é ser solidário, competente, aprender a conviver, aprender a ser”, analisa Joedna Sabino.

Para ela, o programa tem a capacidade de abrir os olhos do jovem para a sociedade. “Ele enxerga quais são as necessidades reais e como ele, protagonista, pode resolver os problemas com o que a gente pode achar que é uma solução simples, mas que é extremamente inovadora”.

O programa Ouse Criar tem recursos executados pela Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (FapesqPB) e mantém parcerias com o Sebrae, com o Sistema S e com universidades, e conta com elas para o que se projeta para 2021.