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Novembro Negro: Governo promove atividades culturais e ações em escolas

publicado: 11/11/2018 23h00, última modificação: 14/05/2019 17h36

A Paraíba terá programação cultural e ações educativas nas escolas durante o Novembro Negro, alusivo ao dia da Consciência Negra (20). As cantoras Cátia de França e Anelis Assumpção farão show no dia 18, no Teatro de Arena do Espaço Cultural (João Pessoa), às 20h, marcando a data de enfretamento ao racismo e pela igualdade racial.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana, divulga anualmente o calendário de atividades envolvendo várias secretarias e órgãos em suas atividades específicas, a exemplo da Educação, Desenvolvimento Humano e Fundação Espaço Cultural (Funesc).

O cantor Adeildo Vieira e convidados são destaques no Teatro de Arena com o show Berimbaobab, no próximo dia 15, às 20h, numa parceria entre Funesc e Semdh. A programação cultural segue com o show da banda Flor de Pedra (PB), com participação de Ilessi (RJ), dentro do projeto Cambada, dia 16, às 20h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural. A tradicional Feirinha de Domingo, no Espaço Cultural, será no dia 18, das 15h às 19h, dedicado ao Novembro Negro, com gastronomia e venda de roupas e acessórios afros.

O projeto Prima fará concertos especiais no dia 19, no município do Conde, dentro do Quilombo Ipiranga e no dia 21, às 20h, na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, na Funesc. Também no dia 21, a Semdh e Funesc promovem a roda de diálogos Mulheres Negras na Música, com Cátia de França e Kaline Lima, no auditório 1.

No dia da Consciência Negra, o evento será concentrado no Ponto de Cem Réis. Durante todo dia, o Governo promove uma feira de serviços com oficinas, espaço para denúncias e atendimento de saúde, em uma ação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano e outras secretarias e entidades do movimento social. À noite, às 20h, será apresentado o espetáculo Auto dos Orixás, do Ateliê Multicultural Elioenai Gomes.

“O Novembro Negro reflete exatamente nossos tempos atuais de resistência. Escolhemos uma programação cultural e educativa para chegar junto do público estudantil com reflexões críticas ”, afirma a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares.

Escolas – Segundo Gilberta, as atividades nas escolas e instituições são pedagógicas e abordarão o enfrentamento ao racismo, autoestima e identidade de crianças e jovens negras. Haverá atividades nas escolas estaduais Cidadãs e na Legião da Boa Vontade. Para quilombolas, ao Procase e a Semdh farão o intercâmbio quilombola, no município de Camalaú, de 30 a 2 de dezembro. “Vamos trocar experiências e apoiar as comunidades que estão no processo de certificação das terras quilombolas”, disse Gilberta.

Racismo – O racismo, muitas vezes, aparece de forma subjetiva. Para o gerente de Equidade Racial da SEMDH, José Roberto, “é necessário prestar atenção nas várias formas em que ele se apresenta. Por isso é importante que a população negra se reconheça, se afirme e se empodere para identificar e denunciar o racismo”, declara.

Um dos serviços destinados à população negra foi a implementação de telefones para denunciar casos de racismoo disque 197 da Polícia Civil e o 190 da Polícia Militar. Os casos são registrados e encaminhados para a Delegacia Especializada em Crimes Homofóbicos, Racismo e Intolerância Religiosa.