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Museu José Lins do Rego e Livraria A União lançam livro ‘Algas’, edição comemorativa do centenário do falecimento de Eliseu César

publicado: 22/07/2024 15h52, última modificação: 22/07/2024 15h52

O Museu José Lins do Rego, no Espaço Cultural, em João Pessoa, em parceria com a Livraria A União, lança nesta quarta-feira (24), às 19h, o livro Algas’ (2023, Editora Malê), de Eliseu César, publicação comemorativa do centenário de falecimento do autor, organizado pelos doutores em História, Solange Rocha (UFPB), Petrônio Domingues (UFS) e Elio Flores (UFPB), que participarão de mesa de debate sobre o tema.

Nascido em 1871 na Cidade da Parahyba, nome da então capital da Paraíba, Eliseu César se destacou no meios jurídico, político e jornalístico, inclusive em Recife, no Pará e Rio de Janeiro, tendo publicado o livro de poemas ‘Algas’ em 1894.

Na apresentação, os organizadores fazem um apanhado da biografia do escritor e destacam que aos 16 anos estreou como poeta, a partir da escrita em vários jornais da Parahyba do Norte. Seus versos foram publicados em pelo menos sete desses jornais: Sorriso (1886-1887), Arauto Parahybano (1888), O Cisne (1889), O Estado (1889/1890), O Parahybano, (1892), O Artista (1895) e O Estado do Parahyba (1891-1894), onde também desempenhou a função de colaborador. Eliseu publicou mais de poemas nos periódicos e folhetins paraibanos.

Contam também que o jovem se engajou nas lutas políticas e sociais de sua época. “No sexto ano da Abolição, no dia 13 de maio de 1894, por exemplo, num domingo ensolarado, ele participou dos festejos cívicos e militares em torno da data abolicionista. [...] Em 1892 um dos fundadores do Club Cardoso Vieira – uma associação cívico-literária de orientação republicana –, onde fez parte da diretoria, ocupando o cargo de orador.”

A primeira edição de ‘Algas’ é um livro raro nos acervos brasileiros. A segunda edição contribui com o acesso à obra que aborda temáticas raciais, a exemplo do poema ‘Não queira nunca ser branca’, e outras questões como o amor, religião, profissão e sofrimento. A edição de centenário tem prefácio de Oswaldo de Camargo, apresentação dos organizadores e traz o prólogo à primeira edição de 1984, escrito por João Pereira de Castro Pinto.