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Metropolitano reduz 90% das infecções em pacientes da UTI Neurológica com projeto do SUS

publicado: 20/12/2022 16h01, última modificação: 20/12/2022 16h03
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Há pouco mais de um ano da implantação do Projeto “Saúde em Nossas Mãos: Melhorando a Segurança em Larga Escala no Brasil”, promovido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde - PB Saúde, apresentou uma redução de cerca de 90% no número de infecções primárias da corrente sanguínea associadas ao uso de cateter venoso central (IPCS-CVC), superando a meta esperada para o projeto, que é de redução de 50% até o final de 2023.

Segundo a coordenadora de Enfermagem da UTI Neurológica da unidade de saúde, Raybarbara Nascimento, o projeto “Saúde em Nossas Mãos” tem o objetivo de reduzir as infecções relacionadas à assistência à saúde, e funciona no setor do hospital desde agosto de 2021. “A estratégia para redução dos casos se dá por meio do fornecimento de ferramentas para apoio da implantação da segurança do paciente com um pacote de mudanças. O apoio técnico e educacional é feito junto a instituições de saúde tutoras, que fazem visitas técnicas e nos ajudam a elaborar planos de ação. É um suporte contínuo e monitorado, com a implantação das atividades de segurança por meio destas reuniões com as equipes de melhoria, que desenvolvem competências que são repassadas para todos os profissionais dos setores em que atuam no hospital”, explicou a profissional.

Criado em 2018, o projeto já contemplou mais de 116 hospitais públicos do Brasil. O Metropolitano está entre as 204 unidades de saúde que estão participando do segundo biênio, tendo como tutor a equipe do Hospital Moinhos do Vento. A última capacitação ocorreu nos dias 6 e 7 de dezembro, em Recife, e contou com a presença da equipe de Enfermagem e Fisioterapia do Metropolitano, além dos demais representantes de todo o país, que integram a iniciativa.

“O evento se deu por meio de sessões de aprendizagem presencial, com oficinas-clínicas, discussões de casos, dinâmicas e orientações sobre os diagramas direcionadores que vão nos auxiliar no pacote de cuidados para redução das infecções relacionadas à assistência à saúde. Estamos muito felizes em participar e os resultados que o Metropolitano vem apresentando revelam que nossa equipe está no caminho certo”, disse Auriceli Silva, fisioterapeuta integrante do projeto.

Após a capacitação, assim como ocorreu nos demais treinamentos, a equipe regressou ao hospital para transmitir o conteúdo aos demais profissionais que atuam na UTI Neurológica, em um ciclo de aprendizado que para 2023 deverá ser expandido para outras UTIs do complexo hospitalar.

De acordo com o diretor de Atenção à Saúde da Fundação PB Saúde, Gilberto Teodozio, durante o período do projeto, os pacientes internos na unidade se beneficiaram de outras formas. “Neste período de pouco mais de um ano, além das melhorias significativas dos indicadores de infecção, também houve uma mudança de cultura na assistência ao nosso paciente crítico, garantindo a qualidade e a segurança no cuidado e reduzindo os eventos que possam acometer estes pacientes e prolongar o tempo de permanência na unidade hospitalar”, frisou o gestor.
Sobre o Projeto - O “Saúde em Nossas Mãos” foi criado com o objetivo de prover o suporte técnico e metodológico quanto à prevenção de infecção primária da corrente sanguínea associada ao uso de cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado ao uso de cateter vesical de demora (ITU-AC), pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e da higienização das mãos.

Infecções – Segundo a OMS, as infecções hospitalares afetam 14 em cada 100 pacientes admitidos nos hospitais. De cada 100 pacientes hospitalizados em um determinado momento, 10 pacientes adquirirão infecções associadas a cuidados de saúde em países em desenvolvimento. Centenas de milhões de pacientes são afetados em todo o mundo a cada ano. Medidas de prevenção e controle de infecção simples e de baixo custo, como a higiene das mãos apropriada, podem reduzir a frequência em mais de 50%.