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Mamaço discute empoderamento feminino e a importância da amamentação

publicado: 17/08/2019 20h00, última modificação: 17/08/2019 20h00
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Fotos: Ricardo Puppe
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Empoderamento da mulher que amamenta foi o tema principal do Mamaço, evento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Banco de Leite Anita Cabral, que teve como objetivo a conversa sobre o aleitamento materno. A ação ocorreu na tarde deste sábado (16), no auditório 3 do Espaço Cultural José Lins do Rego, João Pessoa. 

O mamaço reuniu pessoas da sociedade civil para falar da importância da amamentação no primeiro ano de vida. Mães, pais e filhos aproveitaram uma tarde inteira envolvidos em atividades voltadas para o universo materno, com oficinas, conversas e performances artísticas. 

Izabella Aranha foi uma das primeiras a chegar com os gêmeos Maria e Caetano Maia, de apenas 5 meses. Ela acredita que eventos como esse deveriam acontecer com mais frequência, pois muitas vezes a amamentação é interrompida por falta de informação e de conhecimento. “Creio que é importante demais acontecer eventos assim. Acho que, além do evento, poderia também ocorrer ações em maternidades, posto de saúde, para ensinar as mães a amamentar desde a gravidez, para que elas comecem a ter conhecimento de como vai ser todo o processo, fisicamente e psicologicamente”, observa.

A programação teve início com uma roda de conversa, na qual mães lactantes puderam contar suas histórias, permitindo uma troca de experiência com as demais participantes. A jornalista Haryanne Arruda foi uma delas. Ela falou dos benefícios para o bebê quando é amamentado até os dois anos e frisou que esse é um assunto que poucas grávidas têm o conhecimento durante a gestação. 

“Espero que vocês mães que estão aqui sejam multiplicadoras dessas informações. Que tudo o que foi falado nesta tarde chegue para mais mães. É importante saber que a gente pode mudar o futuro da saúde da próxima geração por meio da amamentação”, pontuou. 

A diretora técnica da Maternidade Frei Damião, Adrea Correia, também participou da roda de conversa. Para ela o evento representa um momento de valorização, de empoderamento da mulher que amamenta, pois este é um ato legítimo e que tem um impacto importante para a saúde como um todo. “Além disso, o aleitamento constrói um vínculo afetivo que só sabe quem passa pela experiência. Estamos aqui para valorizar isso”, afirmou.  

O evento seguiu com um momento de musicalização para bebês com a escola Cenário. Após o momento de entretenimento, a atriz Nyka Barros apresentou uma performance artística junto com o filho Kaique, que tem 1 ano de idade. Em seu monólogo, ela fez uma crítica àqueles que tentam impedir a amamentação pública. “Eu acho isso tão absurdo”, exclamou. A atriz acredita que o evento não é só para valorizar a importância da amamentação, mas também para fazer com que a sociedade possa entender o ato e a liberdade que toda mãe deve ter de amamentar seus filhos. “As pessoas precisam entender que nós estamos cuidando dos nossos filhos e que temos o direito sim de amamentar onde quisermos, da maneira que quisermos, é nosso direito”, ressaltou. 

A programação do mamaço continuou com oficina de Shantala, ministrada pela doula Ana Lúcia, que ajuda no desenvolvimento motor da criança e a diminuir as cólicas. Em seguida, Raquel Águila falou sobre os slings e como usá-los de forma adequada. Para finalizar, houve o momento da dança materna com a bailarina Cecília Costa. Encerrando a tarde do sábado, todas as mães se reuniram na rampa 4 do Espaço Cultural para o registro do mamaço.

Uma das responsáveis pela organização do evento, a diretora do Banco de Leite, Thaíse Ribeiro, mostrou satisfação com a aceitação da ação e o alto número de adesão. “O mamaço está trazendo uma nova vertente de interação da SES e dos serviços de saúde com a população. O evento teve como objetivo unir a sociedade civil em prol do aleitamento materno, em prol da consciência do incentivo à amamentação. Ainda se vê situações de mulheres sendo recriminadas em amamentar em público e isso a gente não pode deixar passar mais. Eventos como esse facilita muito quebrar paradigmas da sociedade em geral”, concluiu.