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Lacen-PB capacita profissionais do Sertão sobre tuberculose e hanseníase

publicado: 10/07/2019 15h24, última modificação: 10/07/2019 15h24
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O Laboratório Central do Estado – Lacen-PB promoveu até esta quarta-feira (10), na cidade de Patos, capacitação para identificar a Rede de Laboratórios da Paraíba que faz exames de hanseníase e tuberculose. Estão sendo capacitados profissionais, coordenadores de epidemiologia, biomédicos, bioquímicos e enfermeiros, da 3ª Macrorregião de Saúde.

Lúcia Cristina Moura, do Lacen-PB, explica que muitos municípios ainda não estão fazendo o exame de lâmina (baciloscopia) da hanseníase, mesmo sendo um diagnóstico fácil, de baixo custo, semelhante ao da tuberculose. Ela alertou aos participantes que, devido à ausência do exame, está ocorrendo resistência medicamentosa da hanseníase, levando o paciente a passar da fase inicial para uma mais complicada e disseminada da doença, a virchowiana, comprometendo os nervos periféricos, causando dificuldade de sensibilidade e de mobilidade dos pés e mãos.

A descentralização de exames foi um dos objetivos tratados pela enfermeira Lúcia Cristina, tendo em vista que a quantidade elevada desse procedimento ainda é encaminhada para o Complexo Hospitalar Clementino Fraga, na capital, referência no tratamento da hanseníase, não para casos de início de doença, mas para os mais complicados.
Durante a capacitação, foi aplicado um questionário e os dados mostrarão como se encontra hoje toda a Rede de Laboratórios da Paraíba. “O Estado vai identificar, pelas informações colhidas, quais municípios realizam ou não a baciloscopia para hanseníase”, alertou Lúcia. Ela informou ainda que a cidade de Patos é uma das referências no exame realizado no Centro de Especialidades Frei Damião. Outras referências são os municípios de Piancó, Santa Luzia e Sousa.

Quanto à tuberculose, a intenção do curso é proporcionar a melhoria da quantidade de laboratórios que realizam o controle da qualidade das lâminas de baciloscopia, exame para o diagnóstico da doença. Segundo Cristina, a capacitação é importante porque, apesar de já existirem os serviços implantados nos municípios na região, ainda estão enviando poucas lâminas para o Lacen-PB fazer o controle de qualidade.