Iphaep instala Memorial, realiza debate e formaliza convênios durante a Semana do Patrimônio

A memória de um povo é elemento norteador da compreensão da sua História. Conhecer o passado do seu patrimônio é imprescindível para que se possa entender o presente e construir o futuro. Com base nestas premissas, o Governo do Estado, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), realiza mais uma versão da Semana do Patrimônio, que acontece em João Pessoa e cidades do interior paraibano .

O evento começa nesta segunda-feira (19), tendo como ação inicial o “Entenda o Patrimônio”, no qual equipes do patrimônio estadual estarão numa tenda, ocupando a Praça da Bandeira, em frente ao Cine Capitólio, em Campina Grande, para explicar à população sobre a importância de resguardar a história e memória da cidade e, em particular, do cinema. “Construído na década de 1920, o imóvel é tombado desde 2010 e encontra-se sob a guarda da Prefeitura Municipal, que precisa apresentar um projeto que esteja dentro das normativas de patrimônio, para que possa ser aprovado pelo Conpec, o Conselho Deliberativo do Iphaep”, explica a diretora Cassandra Figueiredo.

Segundo a gestora, a Semana do Patrimônio se estende até a próxima sexta-feira (23), com a realização de ações educativas, roda de conversa, assinatura e apresentação de resultados de convênios com instituições educacionais e governamentais, além do lançamento do Memorial do Iphaep e do terceiro número do informativo Parahyba. “Há quatro anos, o Iphaep vem comemorando o Dia do Patrimônio, que acontece em 17 de agosto. Mas, este ano, por conta do período eleitoral, resolvemos que a Semana do Patrimônio seria realizada neste mês de novembro, mantendo, porém, as mesmas características: a pluralidade das ações e a descentralização dos eventos, que acontecem, não apenas na capital, mas também em vários municípios”, revela a diretora.

Programação – Na terça-feira, dia 20, haverá em São João do Cariri uma roda de conversa, “A força da grana que ergue e destrói coisas belas”. A cidade foi escolhida por ter o Centro Histórico Tombado e por manter preservada a beleza de seu casario antigo. Vão participar do evento, que acontece na Câmara Municipal da Cidade, a partir das 14h, juízes, promotores, políticos e a população. A roda de conversa conta com o apoio da Prefeitura Municipal. A mesa terá como mediadora a diretora do Iphaep, Cassandra Figueiredo, com intervenções de um morador antigo, um ator da Caravana do Patrimônio Nosso, secretários de Cultura, Educação e Turismo, além de representantes do Instituto Histórico do Cariri e do Conselho de Turismo.

Na quarta-feira, dia 21, a equipe do Iphaep vai estar de volta à capital paraibana. No Auditório do Ministério Público, a partir das 14h30, será realizada a apresentação dos resultados do termo de cooperação assinado em 2017, entre o Iphaep e o Unipê, com entrega parcial do “Inventário de Bens Culturais’, ao promotor João Geraldo, da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Social e Promotoria de Justiça dos Direitos Difusos da Capital.

Na mesma solenidade, serão apresentados os resultados do Convênio entre o Iphaep e o Empreender, para apoio e ocupação do Centro Histórico de João Pessoa. No final da tarde, será assinado um novo Termo de Cooperação: desta vez, entre o Iphaep, o Crea e o CAU.

Memória – A tarde da quinta-feira será dedicada ao resgate da memória. A partir das 17h, na sede do Iphaep, na Avenida João Machado, 397, no Centro de João Pessoa, haverá o lançamento do Memorial do Iphaep. A diretora Cassandra Figueiredo revela: “Este era um sonho de toda a equipe do Iphaep, em especial do Professor Carlos Azevedo, servidor antigo do Iphaep, que acompanhou o processo de estudo arqueológico e produziu um Livreto sobre os artefatos encontrados. O sonho agora tornou-se realidade”. A partir de vestígios arqueológicos, detectados durante uma escavação, descobriu-se o passado desta casa, construída pelo advogado e jornalista José Rodrigues de Carvalho, na década de 1920”.

Após a abertura oficial da inauguração do Memorial, a diretora vai passar a palavra para o professor e antropólogo Carlos Alberto Azevedo, que falará sobre o tema “Como nasceu o Memorial?”, explicando que louças, tijolos, cerâmicas, moedas, restos de animais, azulejos e outros elementos são exemplares da ascensão da burguesia urbana na década de 1920.

Na mesma quinta-feira será lançada a plaquete “Perfil Etnográfico do Baixo Tambaú”, com apresentação de Cassandra Figueiredo e textos de Márcia Albuquerque, Edvaldo Lira e Gúbio Mariz. O trabalho é resultante da ação do Núcleo de Antropologia Visual do Iphaep.

Para encerrar a Semana do Patrimônio, o Iphaep lançará o terceiro número do informativo Parahyba, que vai enfocar a riqueza histórica, cultural e arquitetônica de Areia, cidade tombada pelo patrimônio estadual como “Cidade Histórica”. O evento acontece às 19h, no Casarão José Rufino, uma das edificações mais exemplares e significativas da memória afetiva do povo da cidade de Areia, e conta com o apoio da Prefeitura Municipal, por meio da sua Secretaria de Cultura.