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Iphaep discute saberes e fazeres das artesãs paraibanas, nesta quinta-feira em Campina Grande
O universo das artesãs paraibanas, seus saberes e fazeres. Este é o tema da roda da conversa que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba realiza nesta quinta-feira (28), na Serra da Borborema. O evento é uma promoção do Fórum Permanente de Cultura e Ciência do Iphaep, em parceria com o Colégio Estadual da Prata, e acontece a partir das 9h30, no Auditório localizado na Rua Duque de Caxias, 235, Bairro da Prata, em Campina Grande. A vice-presidenta do IHCG, Ida Steinmüler, será responsável pela palestra principal: “As artesãs paraibanas: história, memória e identidade do povo paraibano”.
Em seguida à fala da pesquisadora, serão ouvidas duas mestras da arte do fazer, divulgar e preservar a secular tradição do artesanato nordestino. A cordelista e artesã Jaidete Dias de Sousa debate com a plateia sobre o “Empoderamento econômico da mulher: os saberes e os fazeres das artesãs paraibanas”. Já a jornalista e artesã Jecilda Pereira de Sousa vai falar acerca do “Artesanato identitário: a produção feminina do artesanato étnico”. O encontro terá como público alvo artistas, escritores, pesquisadores, empreendedores, professores e alunos.
Segundo lembra a diretora do Iphaep, Cassandra Figueiredo, o Fórum está balizado em três pilares: “Apresentar os diversos saberes e fazeres na produção de artesanato, enquanto patrimônio cultural feminino e paraibano; mostrar como os projetos sociais ligados ao artesanato são importantes para as mulheres que lutam contra o câncer e, ainda, detalhar sobre a promoção de identidade étnica e cultural produzida por mulheres paraibanas”.
No cordel “A mulher ocupando seu espaço’, que será apresentado durante a roda de conversa desta quinta-feira, a escritora Jaidete Dias de Sousa vai destacar a importância do papel da luta feminina pelo empoderamento, no sentido do ser e do existir plenamente. Os versos discorrerão, também, sobre o reconhecimento, para que se veja que a mulher, em qualquer lugar ou posição que ocupe, é, antes de tudo, uma guerreira. A autora diz: “Hoje vejo que a mulher/lutando por seus direitos/ainda há desigualdade/e merecem mais respeito/vivem o empoderamento/cada qual com seu jeito”.
O que é - O Fórum Permanente de Ciência e Cultura do Iphaep acontece quatro vezes por ano. A ideia surgiu em março de 2003 e vem sendo coordenado pelo antropólogo Carlos Alberto Azevedo e a historiadora Márcia Albuquerque Alves. A finalidade é realizar, a cada três meses, a discussão científica de questões ligadas ao patrimônio cultural, bem como de Sítios Históricos e locais de interesse turístico, ecológico e paisagístico do Estado da Paraíba.
Durante seis anos de sua existência, o Fórum do Iphaep já realizou dezenas de debates culturais e memorialísticos. Entre eles, rememorou a resistência do povo potiguara de Baía da Traição, a cultura cigana da comunidade de Sousa e as mulheres paraibanas – como Elizabeth Teixeira e Margarida Maria Alves –, que são símbolo de persistência e coragem. “Agora, nesta quinta-feira, para encerrar a programação do Mês da Mulher, organizado pelo Governo do Estado, teremos o olhar voltado ao fazer feminino e à tradição do artesanato”, revela a gestora do Iphaep.
“Um bem cultural é patrimônio de um povo. Ele se expressa das mais diversas formas e é repassado através de várias gerações”, explica Cassandra. “Durante a roda de conversa desta quinta-feira vamos ouvir antigas histórias e memórias, mas, também, conhecer algumas das atuais práticas do cotidiano das mulheres artesãs campinenses”.