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INCENTIVO À CULTURA

Governo patrocina o 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

publicado: 27/11/2019 16h24, última modificação: 27/11/2019 16h26

O Governo do Estado, por meio da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), patrocina o 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, festival consolidado como um dos principais do gênero no Nordeste e que será aberto nesta quinta-feira (28), a partir das 18h, no Cinépolis Manaíra Shopping, em João Pessoa. Por intermédio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, antiga Lei Rouanet (8.313/91), a Cagepa investe no evento que, este ano, celebra os 100 anos do cinema paraibano.

“Há três anos consecutivos registrando superávit na receita, a Cagepa hoje, por ter alcançado equilíbrio financeiro, consegue pela primeira vez fomentar a cultura regional. Isso é um marco muito positivo para nós”, disse o presidente da companhia, Marcus Vinícius Fernandes Neves.

Ainda segundo o presidente, é uma grande realização poder estimular a interação das pessoas com o cinema por meio desse projeto. “Em um período em que o audiovisual regional vem sendo reconhecido e premiado em todo o mundo, penso que é dever do poder público impulsionar de forma prática esse segmento. A cultura é uma força transformadora e impulsionadora do desenvolvimento e, portanto, deve ser prioritária para a sociedade”, pontuou.

Marcus Vinícius lembrou que o Governo do Estado promoveu ao longo deste ano, por meio da Secretaria da Cultura, diversas ações voltadas para a difusão das artes e movimentação da sociedade através da criatividade e da inspiração, como por exemplo: o Circuito Som nas Pedras; o II Festival de Música da Paraíba; o Festival de Cultura Quilombola; a criação do Centro de Cordel e de Culturas Populares; além de várias ações alusivas ao Centenário de Jackson do Pandeiro.

A programação do evento, que se encerra no dia 4 de dezembro, será compartilhada entre o Cinépolis Manaíra Shopping e o Hotel Aram Beach & Convention, com mostras competitivas de curtas e longas-metragens, sessões especiais, debates, oficinas e painéis em torno do fazer cinematográfico.

O governador João Azevêdo e o presidente da Cagepa, Marcus Vinícius Fernandes Neves, estarão presentes na solenidade de abertura do Fest Aruanda. O festival começa com o lançamento do livro “Mr. Babenco: solilóquio a dois sem um”, de Bárbara Paz, e do Correio das Artes, suplemento do jornal A União sobre o festival. Às 19h30, haverá a Sessão Cine Memória Walfredo Rodriguez, o Primeiro Cineasta Paraibano, com exibição de “Carnaval PB e PE (1923), “Sob o Céu Nordestino” (1929) e “Jogando no Palestra Itália” (1929) – um compacto editado por José Maria Pereira Lopes (TV Cultura/SP). Logo depois, haverá um concerto de homenagem ao cinema paraibano e ao maestro Pedro Santos, com o Sexteto Brassil (Departamento de Música da UFPB), que tocará trilhas sonoras de alguns filmes brasileiros.

Após a saudação da reitora da UFPB, Margareth Diniz, o evento terá uma solenidade de homenagens a José Bezerra Filho (escritor e produtor), Marcus Vilar (cineasta) e Ingrid Trigueiro (atriz). Às 20h15, serão exibidos os filmes de abertura: “A volta para casa”, curta-metragem de Diego Freitas, e “Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou”, de Bárbara Paz – ao final da sessão, haverá um bate-papo com a diretora.

A partir da sexta-feira (29), começam os debates e painéis, sempre a partir das 9h, no Hotel Aram e na Sala Vladimir Carvalho (Usina Cultural). Participam desses encontros nomes como Luiz Carlos Barreto (Barretão), Vladimir Carvalho, Fernando Morais, Emília Silveira, Cesar Piva, Fernando Trevas, Maria do Rosário Caetano, Flávio Bauraqui, Luísa Lusvarghi, Ana Bárbara, Patrícia de Aquino, Vânia Perazzo, Ana Isaura, Cristiane Fragoso, Virgínia de Oliveira Silva, Glorinha Gadelha, Thiago Mattar, Jotabê Medeiros e Silvio Osias, entre outros.

Cem Anos – Na sua décima quarta edição, o Fest Aruanda festeja o centenário do cinema paraibano, cujo marco são as primeiras atividades cinematográficas realizadas na Paraíba, em 1919, pelo cineasta Walfredo Rodriguez. Para celebrar o pioneirismo desse documentarista, o festival instituiu o Troféu Walfredo Rodriguez, para personalidades que contribuíram para a história do cinema paraibano. Dois homenageados do evento receberão esse troféu: o escritor e produtor José Bezerra Filho e o ator, cordelista e artista plástico W. J. Solha, pela produção do filme “O salário da morte” (1972), primeiro longa-metragem de ficção rodado em 35 milímetros na Paraíba.

Outras personalidades que serão homenageadas pelo Fest Aruanda, além das já citadas, são: a idealizadora e diretora-geral do Cineport, Mônica Botelho; João Batista de Andrade, cineasta, diretor e produtor de cinema e televisão; Luiz Carlos Barreto (Barretão), fotógrafo e diretor de cinema; Sivuca, cantor, multi-instrumentista, maestro, arranjador, compositor e orquestrador, autor de várias trilhas sonoras para o cinema (in memorian); Lucy Barreto, produtora de cinema; Flávio Bauraqui, cantor e ator; e Fábio Barreto, cineasta, ator, produtor e roteirista (in memorian).

Mostras – As entradas para as mostras e sessões especiais do 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro são gratuitas, e devem ser retiradas com a organização do festival uma hora antes das exibições, no hall do Cinépolis Manaíra Shopping.

Mostra Competitiva Nacional de Longas-Metragens
• “Indianara”, de Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa (documentário, Rio de Janeiro)
• “Barretão”, de Marcelo Santiago (documentário, Rio de Janeiro)
• “Desvio”, de Arthur Lins (ficção, Paraíba)
• “Partida”, de Caco Ciocler (documentário, São Paulo)
• “Pacificado”, de Paxton Winters (ficção, Brasil-EUA)

Mostra Competitiva Nacional de Curtas-Metragens
• “Nadir”, de Fábio Rogério (documentário, SE)
• “Um”, de Daniel Kfouri e João Castellano (documentário, SP)
• “Apenas o que você precisa saber sobre mim”, de Maria Augusta V. Nunes (ficção, SC)
• “Travelling adiante”, de Lucio Branco (documentário, RJ)
• “No oco do tempo”, de Antonio Fargoni (ficção, PB)
• “Nervo”, de Pedro Jorge e Sabrina Maróstica (ficção, SP)
• “Nuvem negra”, de Flávio Andrade (ficção, PE)
• “Quitéria”, de Tiago A. Neves (ficção, PB)
• “Balão azul”, de Alice Gomes (ficção, RJ)
• “De longe, ninguém vê o presidente”, de Rená Tardin (documentário, RJ)
• “Um café e quatro segundos”, de Cristiano Requião (ficção, SP)
• “Brasil, Cuba”, de Bertrand Lira e Arturo De la Garza (documentárioi, PB)
• “Gravidade”, de Amir Admoni (animação, SP)
• “O grande amor de um lobo”, de Adrianderson Barbosa e Kennel Rogis (documentário, RN)

Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Paraibanos
• “Seiva”, de Ramon Batista – Ficção (Nazarezinho)
• “Bolha”, de Odécio Antônio e Taciano Valério – Ficção (João Pessoa)
• “Faixa de Gaza”, de Lúcio César Fernandes – Ficção (João Pessoa)
• “DNA-M Deus não acredita em máquinas”, de Ely Marques – Ficção (João Pessoa)
• “Fim”, de Anna Diniz – Ficção (João Pessoa)
• “Costureiras”, de Mailsa Passos, Rita Ribes e Virgínia de O. Silva – Documentário (João Pessoa, Coremas, São João do Cariri e Rio de Janeiro)
• “Quitéria”, de Tiago A. Neves – Ficção (Campina Grande)
• “Brasil, Cuba”, de Bertrand Lira e Arturo de la Garza – Documentário (João Pessoa)
• “No Oco do Tempo”, de Antonio Fargoni – Ficção (Cabeceiras)

Mostra Sob o Céu Nordestino
• “Currais”, de David Aguiar e Sabina Colares (CE)
• “Jackson – Na batida do pandeiro”, de Marcus Vilar/Cacá Teixeira (PB)
• “O que os olhos não veem”, de Vania Perazzo (PB)
• “Giocondo Dias, Ilustre Clandestino”, de Vladimir Carvalho (DF)
• “Frei Damião, o santo do Nordeste”, de Debby Brennand (PE)
• “Soldados da borracha”, de Wolney Oliveira (CE)