Notícias

Hospital Metropolitano realiza primeiro procedimento inovador para tratamento de arritmia da Paraíba

publicado: 04/12/2024 18h26, última modificação: 04/12/2024 18h26
1 | 4
2 | 4
3 | 4
4 | 4
Hospital Metropolitano realiza primeira ablação por campo pulsado para tratamento de arritmia da Paraíba 3.JPG
Hospital Metropolitano realiza primeira ablação por campo pulsado para tratamento de arritmia da Paraíba.JPG
Hospital Metropolitano realiza primeira ablação por campo pulsado para tratamento de arritmia da Paraíba 4.jpg
Hospital Metropolitano realiza primeira ablação por campo pulsado para tratamento de arritmia da Paraíba 2.jpeg

O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde e gerido pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), realizou nesta quarta-feira (4) o primeiro procedimento de ablação por campo pulsado da Paraíba. A técnica é uma inovação no tratamento da fibrilação atrial, a arritmia cardíaca mais comum no mundo, e chega como uma solução mais segura e eficaz em relação aos métodos tradicionais.

O procedimento foi realizado na hemodinâmica do hospital, pela equipe de eletrofisiologistas Renner Raposo, Daniel Moura, André Queiroga e Júlio Silveira. A tecnologia utilizada foi cedida por uma empresa que trouxe o método ao Brasil e doou os kits necessários para a execução.

“Essa técnica é revolucionária, pois utiliza o campo pulsado para criar lesões no músculo cardíaco de forma direcionada. Isso protege outras estruturas, como o esôfago e os nervos, oferecendo mais segurança ao paciente. Além disso, o procedimento é mais rápido do que os métodos tradicionais, como a radiofrequência, em que utilizamos a radiação para esquentar o músculo, ou a crioablação, que é quando utilizamos a resfriação para o procedimento”, explicou o eletrofisiologista Renner Raposo.

O paciente beneficiado pela nova tecnologia foi Carlos Eduardo Ribeiro da Silva Leite, de 44 anos, morador de João Pessoa. Ele compartilhou sua confiança no procedimento: “Eu não sentia nada, e através de um exame de rotina, fui diagnosticado com essa arritmia no coração. Solicitei autorização, foi concedida e agora é só passar pelo procedimento. A expectativa é 100%, creio que vai dar tudo certo, e só tenho a agradecer a Deus, ao Estado da Paraíba e ao Hospital Metropolitano pelo acolhimento e assistência”.

A fibrilação atrial é uma condição que, mesmo em pacientes aparentemente assintomáticos, pode causar sérias complicações. Quando não tratada, a fibrilação atrial está associada a diversos riscos para a saúde, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Detectar e tratar a condição precocemente pode fazer a diferença na qualidade de vida dos pacientes. 

“Pacientes podem achar que estão bem, mas quando revertemos a arritmia e o coração volta a bombear adequadamente, eles relatam uma melhora significativa na qualidade de vida. Estudos mostram que tratar a fibrilação atrial no primeiro ano do diagnóstico reduz o risco de internações e AVC”, disse Renner.

A diretora-geral do Hospital Metropolitano, Louise Nathalie, ressaltou o impacto dessa conquista para a saúde pública da Paraíba: “Esse procedimento é mais um marco que demonstra o compromisso do Hospital Metropolitano em trazer inovações que realmente fazem a diferença na vida dos pacientes. É uma honra sermos pioneiros na realização de uma técnica que oferece mais segurança e qualidade no tratamento da fibrilação atrial. Estamos avançando no cuidado humanizado e de alta complexidade”.