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Hospital de Trauma de João Pessoa atende mais de três mil vítimas de trânsito no primeiro quadrimestre de 2019

publicado: 15/05/2019 10h51, última modificação: 15/05/2019 10h51
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- Foto: Secom-PB

O mês de maio é marcado por ações que chamam atenção para o alto índice de mortos e feridos no trânsito. Só no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, 10.401 pessoas deram entrada na unidade de saúde - vítimas de trânsito em 2018 e nos primeiros quatro meses deste ano, já foram mais de três mil. E o principal motivo continua sendo a imprudência.

Para o diretor da instituição, Leonardo Leite, mesmo com a fiscalização dos órgãos de trânsito e com campanhas educativas, a imprudência ainda é bastante relevante, principalmente com relação aos motociclistas, contribuindo para o aumento dos índices de acidentes. “Há muita irresponsabilidade no trânsito. Ouvimos relatos diariamente de pacientes que não utilizaram capacete, não são habilitados e ainda há os que conduzem transportes alcoolizados”, frisou.

Leonardo Leite ainda destaca que a imprudência pode agravar o acidente, podendo causar traumatismo craniano e de coluna, ocasionado uma paraplegia ou tetraplegia, além da amputação de membros. “Observamos ainda que a maioria desses acidentados é de classe produtiva de trabalho, jovem/adulto, o que compromete o futuro destas pessoas”, finalizou.

De acordo com o setor de estatísticas, de janeiro a abril de 2019, dos 3.448 acidentados, 2.632 foram somente de motos. Ainda segundo os dados, a BR-230 é a localidade que mais registra acidentes (201), seguido pela cidade de Bayeux (155), Santa Rita (140), os bairros Valentina (115), Mangabeira (106), a cidade de Mamanguape (88) e centro de João Pessoa (87).

Já em relação à faixa etária, o número de adultos lidera com 2.899 entradas, adolescentes foram 214, crianças 181 e idosos 149. Sendo 2.573 do sexo masculino e 875 do sexo feminino. Com 37 óbitos.

O pedreiro Marcondes Vilar, 25 anos, estava voltando para casa quando foi surpreendido por um carro na contramão. Ele sofreu traumatismo craniano, que se agravou, porque a vítima não estava com capacete. “Foi num piscar de olhos, como estava muito apressado e a poucos metros de casa, não coloquei o capacete, como me arrependo. Não tenho dúvidas que quando receber alta médica prestarei mais atenção no trânsito, não desperdiçarei a segunda chance dada por Deus”, salientou.

Reconhecimento – A comunidade de motociclistas Biker, em nome de todos os motociclistas atendidos no Hospital de Trauma de João Pessoa, reconheceu a instituição como “Hospital Amigo do Motociclista. Para isso, foi entregue um certificado assinado pelos principais grupos de motociclistas da Paraíba, em alusão ao ‘Maio Amarelo’, e realizado um abraço simbólico no heliponto do hospital.

Segundo o vice-diretor do grupo de motociclistas Esquadrão de Cristo, Alberis Guedes, a unidade de saúde é referência em acidentes de trânsito, e principalmente em incidentes envolvendo motos, por isso merece todo respeito e admiração por quem já teve sua vida salva dentro desta unidade de saúde. “Além de motociclista também sou funcionário da instituição, por isso sei o quanto todos que trabalham neste complexo hospitalar são empenhados no tratamento e recuperação dos pacientes. Então, toda consideração é válida quando sabemos que a missão de todos é salvar vidas”, finalizou.