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Hemocentro comemora Dia Mundial do Doador de Medula Óssea com ação de conscientização

publicado: 20/09/2024 18h35, última modificação: 20/09/2024 18h35
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O Hemocentro da Paraíba, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, realizou nesta sexta-feira (20), em João Pessoa, um evento alusivo ao Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. O Estado é o quarto na região Nordeste em número de doadores de medula óssea, com 101.645 voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). 

Os dados da Hemorrede da Paraíba revelam evolução crescente do número de doadores voluntários de medula óssea, ampliando as chances de encontrar um doador compatível com um paciente. Em 2023, foram realizados 3.876 novos cadastros, enquanto neste ano, apenas entre 1° de janeiro a 17 de setembro, já foram cadastrados 4.495 paraibanos, superando a captação de doadores de todo o ano passado.

O secretário executivo de Gestão de Redes de Unidades de Saúde, Patrick Almeida, destacou a importância do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. “Esse é o momento de conscientizar a população do quão eles podem ser importantes na vida das outras pessoas; o quão eles podem ser esperança na vida de alguém”, afirmou.

A segunda-dama do Estado, Camila Mariz, que também prestigiou o evento, convidou os paraibanos para sairem do comodismo e impulsionados pela solidariedade fazerem o cadastro de doadores de medula óssea no Hemocentro. “Não espere que seja alguém próximo a você que precise dessa doação”, conclamou. Dando exemplo, a segunda-dama fez o cadastro e coletou uma amostra com 5 ml de sangue para os testes necessários de compatibilidade. 

A diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Shirlene Gadelha, explicou que o cadastro para doador de medula óssea é realizado no Hemocentro Coordenador de João Pessoa, Regional de Campina Grande e Hemonúcleos de Patos, Cajazeiras, Guarabira, Sousa, Piancó e Itaporanga. 

“Para fazer a inscrição é preciso estar saudável, ter de 18 a 35 anos, em seguida preencher uma ficha com informações pessoais e doar 5 ml de sangue para testes de compatibilidade genética. O resultado desse teste fica no Registro Nacional para Doador de Medula Óssea (Redome) e essas informações são cruzadas diariamente com outro banco de dados, o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme)”, detalhou Shirlene Gadelha.

O aposentado Maykel Garcia Santos Correia contou que desde 2012 é doador de sangue e no ano passado recebeu o convite do Redome para doar medula óssea. “É muito satisfatório poder salvar uma vida, o procedimento foi tranquilo e rápido, feito por aférese (tecnologia médica em que o sangue de uma pessoa passa por um aparelho que separa um determinado constituinte e devolve o restante à circulação)”, relatou. 

A jovem Amanda Martins, transplantada há seis anos, contou que, apesar de ter encontrado uma pessoa compatível na família, precisou recorrer ao Redome para encontrar um doador com 100% de compatibilidade. “Fiz o transplante de medula óssea e hoje tenho uma vida normal, graças a minha doadora de medula estou aqui, com uma vida reconstituída”, pontuou.

O motorista Maximiliano Rogério França contou que ao fazer o cadastro de medula óssea não imaginava que iria salvar uma vida. Disposto apenas a saciar a fome, entrou no Hemocentro para doar sangue e conseguir um lanche, apesar de não ter conseguido doar sangue, saiu da instituição alimentado e cadastrado como doador de medula óssea. Dez anos depois foi chamado pelo Redome e disse sim para o chamado. “Sou feliz por ter doado minha medula e saber que salvei uma vida. Hoje tenho uma segunda família, com novos irmãos e uma nova mãe. Isso me traz uma imensa felicidade”, pontuou.

O autônomo Agno Cavalcanti, que fez o transplante há um ano, encontrou na família renovação da esperança de vida. O filho, na época com apenas 14 anos, fez a doação de medula óssea por meio de punção. “A doação de medula óssea cria uma conexão única entre o doador e a pessoa transplantada. Esse é um gesto maravilhoso que salva vidas”, declarou. 

Também participaram do evento o saxofonista Arnoud Neto, a apresentadora Thereza Madalena, o jornalista Danilo Alves, o diretor administrativo e a gerente biomédica do Laboratório HLA Diagnóstico, Glauco Henrique e Elizabeth Lima Guimarães, respectivamente, representantes do Sicred Regional e parceiros do evento, Amanda de Morais Lemos e Andrea Cristina Kenns Duarte, a chefe do Núcleo de Biologia Molecular do Hemocentro, Maria Betânia, e convidados.