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Governo realiza oficina sobre ações estratégicas do programa de erradicação do trabalho infantil
Fotos: Luciana Bessa
O Governo do Estado, por meio da Gerência Operacional de Média Complexidade da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), realizou nessa quarta-feira (20), uma oficina técnica das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti). A oficina teve como principal objetivo reforçar a importância da utilização da plataforma Simpeti, que é o sistema no qual os municípios informam os dados referentes às suas ações nesse campo.
Segundo a coordenadora estadual das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Adelma Simplício, com a chegada de novos técnicos aos espaços de referências dos municípios, é preciso que eles se familiarizem com a plataforma. “Apresentaremos também nesta oficina um modelo de relatório de acompanhamento (RMA) com as ações que precisam ser monitoradas pela Sedh”.
As Aepeti apresentam cinco eixos: Informativo e mobilização, Identificação, Defesa e responsabilização e Monitoramento. Adelma Simplícia explica que há vários desafios na execução de cada um desses eixos, sobretudo a cultura estabelecida pelas famílias de que o trabalho é bom e faz bem para a sociedade e que desde criança é necessário trabalhar.
“É preciso fazer a família compreender que, à medida que a criança trabalha, ela tem negligenciado seu direito de brincar, de estar na escola e de conviver em outros espaços para fortalecer a sua cidadania, a convivência e o vínculo com sua comunidade”, enfatiza Claudia Leitão, técnica do município de Araruna.
A programação da oficina também possibilitou aos participantes um espaço de diálogo sobre o trabalho infantil em nível estadual. Pela manhã, a coordenadora do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente (Fepeti/PB), Maria Senharinha, apresentou um panorama da situação no estado e seus principais desafios. Já no período da tarde, Jussara Melo, técnica de referência das Aepeti, em Campina Grande, apresentou a experiência exitosa vivida em seu município.
“A partir de nossas articulações percebemos que precisávamos desenvolver um fluxograma de atendimento para acompanhar desde a abordagem até o acompanhamento dos casos. Então criamos um sistema de monitoramento, uma espécie de RMA interno, onde nos comunicamos mensalmente com as unidades de acompanhamento seja Cras ou Creas, via online. Com essas informações quando precisamos desenvolver as ações estratégicas propriamente ditas, nós temos todo apoio da rede e dentro do território os equipamentos sociais que trabalham juntos conosco para executar as atividades”.
Participaram da oficina técnicos de 11 municípios. A oficina reafirmou os esforços do governo em potencializar a atuação do profissional junto as Aepeti, uma vez que a política de assistência vem passando por grandes cortes e é também desafio para os municípios realizar um trabalho de qualidade que vise o protagonismo social das famílias e a erradicação do trabalho infantil de crianças e adolescentes.