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Governo orienta agricultor indígena sobre transição agroecológica
Os agricultores familiares indígenas de Rio Tinto assistidos pela Emater-PB, estão sendo orientados a trabalhar com o processo de transição agroecológica e serão capacitados sobre a confecção de produtos naturais para uso nas lavouras, quando necessário. A proposta é fazer com que os agricultores possam trabalhar produtos cada vez mais saudáveis.
Na aldeia indígena de Jaraguá, município de Rio Tinto, um grupo de 15 famílias contando com apoio da Associação Comunitária dos Pescadores e Agricultores Familiares de Jaraguá, implantou um roçado comunitário em uma área de três hectares com as culturas de milho, feijão e mandioca. Cada família ficou responsável para cuidar de duas contas e meia, equivalente a 1.887,5 metros quadrados, desde o preparo solo até a comercialização. Daí vem a geração de trabalho, renda, melhoria da alimentação e da qualidade de vida.
O roçado comunitário tem por finalidade manter os agricultores no campo, desenvolvendo atividades agrícolas e buscar o fortalecimento do associativismo, explicou a extensionista Social Ednete Freire, do escritório da Emater de Rio Tinto. “O grupo faz questão de dizer sobre os encontros no roçado que têm permitido momentos de alegria, descontração, aumentado os vínculos de amizade”, comentou.
Algumas culturas já começam a ser colhida, a exemplo do feijão, que é vendido na feira livre de Rio Tinto e na própria comunidade. Os indígenas também estão esperançosos para conseguir uma boa colheita de milho. Segundo o presidente da Associação, Severino dos Ramos da Cruz, neste ano tudo está sendo favorável para se obter bons resultados com o roçado. Lembra que o inverno tem sido bom, obtendo semente de boa qualidade em tempo hábil e também a assistência técnica da Emater, contribuindo para acreditar numa excelente colheita. Ele destaca que a presença da Emater nas atividades realizadas na comunidade valoriza o trabalho de todos, dá credibilidade aos agricultores e incentiva ao trabalho de organização da produção e da efetiva participação da associação. A comunidade conta com o apoio dos caciques Sandro e Aníbal e do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Rio Tinto.
A extensionista Social Ednete Freire, com acompanhamento da coordenadora regional da Emater Keyla Leal, realizou recentemente uma capacitação sobre associativismo e gestão com os membros da diretoria da Associação de agricultores familiares e tem, periodicamente, realizado visitas para acompanhamento dos trabalhos realizados na aldeia. O técnico Ricardo Pereira também tem repassado ao grupo, orientações sobre a transição agroecológica, e também capacitará os agricultores sobre a confecção de produtos naturais para serem utilizados nas lavouras.
Em virtude do resultado positivo já alcançado no roçado comunitário, o grupo de agricultores vem conquistando a adesão de outras famílias. A Prefeitura Municipal de Rio Tinto, através da Secretaria da Agricultura e Pesca, tem disponibilizado trator para o corte de terras, fez distribuição de doses da vacina contra a febre aftosa e também procedeu a escavação de uma barragem, já que o grupo planeja aumentar a produção, utilizando irrigação em período de estiagem e assim, contar com uma renda durante todo o ano.