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Governo do Estado realiza Capacitação para Agentes de Combate às Endemias

publicado: 14/01/2018 23h00, última modificação: 29/05/2019 12h10

O Governo do Estado, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, realiza a partir da segunda quinzena deste mês uma Capacitação para Agentes de Combate às Endemias.

Trata-se de um treinamento técnico voltado à campanha contra peste bubônica, com o objetivo de atualizar os agentes de combate às endemias dos municípios, além de mostrar a importância do controle e do combate da doença. As atividades começam nesta terça-feira (16) e seguem até o dia 24 na 2ª Gerência Regional de Saúde, em Guarabira, e dias 30 e 31 na 12ª Gerência Regional de Saúde, em Itabaiana.

Durante a capacitação serão abordados temas como noções básicas sobre peste bubônica, com apresentação de slides e preenchimento de boletins, além da realização de aulas práticas de campo. Nesta ocasião o evento vai capacitar agentes de combate às endemias dos seguintes municípios Cacerengue, Solânea, Bananeiras e Salgado de São Félix. Segundo o chefe do Programa de Controle de Peste, Onildo Gonçalves de Sousa, a capacitação está sendo realizada pela Coordenação da Campanha de Peste, e será realizado em 47 municípios, dividido em 5 Gerências Regionais de Saúde.

“A realização destas capacitações é de grande importância, pois é uma maneira de melhorar o serviço prestado pelos agentes, agora de responsabilidade dos municípios, fazendo com que a sociedade ganhe com isso, ficando assim o estado com a responsabilidade de orientação e coordenação”, explicou Onildo.

A doença – Peste bubônica é uma doença grave e muitas vezes fatal causada pela bactéria da peste, Yersínia pestis, que é transmitida por animais roedores aos seres humanos. A maioria dos indivíduos não tratados morre nas 48 horas que sucedem o início dos sintomas.

A transmissão da peste bubônica é feita através dos roedores, especialmente os ratos. A pulga que infesta alguns tipos de ratos, após levá-los à morte, pode migrar para outros corpos atrás do seu alimento, o sangue. Após picar a pele do ser humano, a bactéria da pulga instala-se no nódulo linfático mais próximo e multiplica-se ali, gerando todos os sintomas relacionados à peste. Também pode ocorrer a transmissão de homem a homem, através de gotículas de secreção, eliminadas com a tosse, espirro ou fala, em casos de Pestes Pneumônica, situação de extrema gravidade.

Os sintomas de peste bubônica são: Aumento dos linfonodos, que deixam a pele enegrecida nas axilas, virilhas ou pescoço, febre alta, intolerância à luz, apatia, tremores pelo corpo, vertigens, cefaleia, cansaço, aumento da frequência cardíaca, tosse inicialmente seca e depois com sangue.

O tratamento para a peste bubônica consiste em tomar antibióticos, como, por exemplo: Doxiciclina, estreptomicina, gentamicina, tetraciclinas e cloranfenicol. Sendo uma doença grave, o tratamento deve ser instituído imediatamente diante de qualquer caso suspeito, mesmo antes dos resultados dos exames laboratoriais.