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Governo abre Ano Cultural José Lins do Rego com ações alusivas às obras do escritor paraibano
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, em parceria com a Fundação Espaço Cultural (Funesc), Secretaria de Estado da Cultura e Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), realizou nesta quinta-feira (03) a abertura do Ano Cultural José Lins do Rego. O evento aconteceu no Engenho Corredor, em Pilar, onde o escritor nasceu, e foi transmitido ao vivo pelo canal da Secretaria de Educação no YouTube.
Na ocasião, foram destacados o Arte em Cena, Festa Literária (Flirede), Concurso literário e o Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima), que farão ações durante o ano em homenagem aos 120 anos de nascimento do escritor paraibano e aos 90 anos da obra ‘Menino de Engenho’, além de edição de livros pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em parceria com a Empresa Paraibana de Comunicação.
O evento contou com a participação remota do governador João Azevêdo, e a participação presencial do secretário de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia, Cláudio Furtado, secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos, diretora presidente da Empresa Paraibana de Comunicação, Naná Garcez, e do prefeito de Pilar, José Benício, respeitando os protocolos de prevenção à Covid-19.
O governador João Azevêdo reforçou a importância do Ano Cultural. “Uma homenagem mais do que justa a esse grande paraibano da cidade de Pilar, um dos nossos maiores romancistas, conhecido e reconhecido no Brasil e no mundo inteiro. Durante todo o ano iremos celebrar os 120 anos de nascimento do nosso escritor, com envolvimento de diversas secretarias do Governo, que promoverão festas e concursos literários, o Arte em Cena, além da edição especial do Prima, e a edição de livros da Universidade Estadual da Paraíba em parceria com a Empresa Paraibana de Comunicação. Eu tenho certeza que, apesar das restrições que a pandemia nos impõe, vamos ter um ano repleto de homenagens e de engrandecimento de nossa cultura”, disse.
Para o secretário de Estado da Educação, Cláudio Furtado, “é com grande prazer que iniciamos hoje as comemorações dos 120 anos de José Lins do Rego. A vida do escritor é de extrema importância para a Paraíba e para o Brasil. Teremos o Arte em Cena que vai mobilizar nossa Rede Estadual com várias temáticas sobre as obras de José Lins, com crônicas, cordéis, gravuras baseadas na paisagem que José Lins retratava em sua obra, e também a nossa Festa Literária, a Flirede, que vai trazer José Lins para nossas escolas e discutir com os estudantes as obras do escritor, colocando nossos autores na memória dos nossos jovens”, comentou.
Ainda nesta quinta-feira, às 19h, no canal da TV Funesc no Youtube, ocorrerá um live do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes (Prima). O evento virtual contará também com a participação da família de José Lins do Rego.
Biografia - José Lins do Rego nasceu em 3 de junho de 1901, no Engenho Corredor, localizado no município de Pilar. Antes da morte da mãe, Amélia Lins Cavalcanti, ele morou no Engenho de seu pai, João do Rego Cavalcanti, o famoso Engenho Tapuá, no município de São Miguel de Taipu.
Após o falecimento de dona Amélia, Zé Lins, aos quatro anos, mudou-se para o engenho de seu avô materno. Ele permaneceu no Engenho Corredor até os 12 anos de idade. Logo depois, ele estudou no Colégio de Itabaiana, no Instituto Nossa Senhora do Carmo e no Colégio Diocesano Pio X, na então cidade da Paraíba, atual João Pessoa. Depois, estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, em Recife. O paraibano foi um grande expoente da literatura brasileira e figura como um dos romancistas regionalistas mais prestigiados da literatura nacional.
Publicou seu primeiro livro em 1932, 'Menino de Engenho', que se tornou grande sucesso, posteriormente publicou 'Doidinho' (1933).
O escritor consagrou-se como romancista da decadência dos senhores de engenho e como mestre do regionalismo. Em 1953, publicou seu último romance: Cangaceiros.
Suas principais obras são:
- Menino de Engenho (1932);
- Doidinho (1933); Bangüê (1934);
- O Moleque Ricardo (1935);
- Usina (1936);
- Pureza (1937);
- Pedra Bonita (1938);
- Riacho Doce (1939);
- Água-mãe (1941);
- Fogo Morto (1943);
- Eurídice (1947);
- Cangaceiros (1953);
- Meus Verdes Anos (1953);
- Histórias da Velha Totonha (1936);
- Gordos e Magros (1942);
- Poesia e Vida (1945);
- Homens, Seres e Coisas (1952);
- A Casa e o Homem (1954);
- Presença do Nordeste na Literatura Brasileira (1957);
- O Vulcão e a Fonte (1958);
- Dias Idos e Vividos (1981).