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Formação Cidadã: Socioeducandos da Semiliberdade participam de oficina restaurativa

publicado: 01/04/2019 15h39, última modificação: 01/04/2019 15h39


Dentro das atividades realizadas pelo Programa de Formação Cidadã, na Semiliberdade, unidade socioeducativa da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac), os socioeducandos e toda a equipe multiprofissional da Unidade, tiveram a oportunidade de participar da oficina restaurativa: “Ser Humano. Estando na Medida”.

A atividade aconteceu na última semana de março e contou com a participação de 16 socioeducandos, agentes socioeducativos, técnicos, direção e oficineiros da Semiliberdade. “A Oficina, facilitada pelo psicólogo Antônio Barbosa, especialista em Justiça Restaurativa, foi desenvolvida dentro do enfoque restaurativo, numa metodologia participativa, integrativa, sendo vivencial, reflexiva e lúdica”, disse Anderson Brandão, coordenador do Programa de Formação Cidadã da Semiliberdade.

“O nosso objetivo é reconhecer e afirmar a dimensão humana, comum a todos nós, enquanto pessoas humanas, independentemente de estarmos na condição de socioeducandos ou de socioeducadores, integrantes de uma equipe multiprofissional de uma unidade de socioeducação”, falou Antônio Barbosa, psicólogo e analista judiciário da 2ª Vara da Infância e da Juventude de João Pessoa, sobre a oficina “Ser Humano. Estando na Medida”.

“É muito importante para o processo de ressocialização a aplicação de oficinas pedagógicas, pois os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Semiliberdade têm a oportunidade de interação com os educadores, nos permitindo a comparação entre experiências diversificadas, o que propicia uma abordagem reflexiva dos desafios enfrentados pelos educandos. Assim, torna a experiência e a ressignificação de seus atos muito mais enriquecedora”, justificou Davi Lira, diretor da Semiliberdade.

Segundo Antônio Barbosa, nesse tipo de trabalho do Programa de Formação Cidadã “é estabelecida uma relação significativa (ajuda, autoridade positiva e de confiança) entre todos os profissionais socioeducadores com os adolescentes e jovens. Isto é a base fundamental da socioeducação, enquanto modalidade de educação para o convívio social e o desenvolvimento pessoal e social, em cumprimento de medida socioeducativa, de acordo com o pedagogo da Socioeducação Antônio Carlos Gomes da Costa”.

“Como seres humanos todos temos potências, forças, mas também temos fraquezas e fragilidades. A partir desse reconhecimento, fica mais fácil nos colocar no lugar do outro (empatia) e desenvolvermos o nosso trabalho na socioeducação, de uma forma mais humana e respeitosa, uns para com os outros. A disciplina e os limites para a boa convivência entre todos são estabelecidos e afirmados (segurança socioeducativa), mas com base no diálogo e na participação”, acrescentou o psicólogo.