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Festival Orikuare Warao promove integração e troca intercultural

publicado: 09/12/2024 10h02, última modificação: 09/12/2024 10h06
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O Governo da Paraíba promoveu, nesse sábado (7), o I Festival Orikuare Warao – Cultura, Integração e Diversidade. O evento realizado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh) e o Centro Estadual de Referência de Migrantes e Refugiados (Cermir), contou com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e do Serviço Pastoral dos Migrantes do Nordeste.

Gratuito e aberto à população, o Festival aconteceu na sede do Cermir, no Bairro dos Estados, na Capital, que se transformou em um espaço de muita integração e trocas interculturais, com a participação do povo Warao e também de outros migrantes e refugiados residentes na Paraíba.

No local, foi realizada uma feira de artesanato indígena, comidas tradicionais venezuelanas, apresentações artísticas, oficinas, mostra de ervas medicinais, contação de histórias e ainda um diálogo com a Aliança Multiétnica, promovendo uma verdadeira integração entre os participantes.

O gerente operacional de Promoção do Acesso à Cidadania da Sedh, Eduardo Brunello, explicou que a importância do Festival vai além da questão cultural. “É muito importante possibilitar a diversidade, cultura e integração. Essa atividade de troca riquíssima, com exposição de plantas medicinais, a arte Warao fortalecendo a identidade étnica, mas, mais do que isso, esse dia é um marco por estar fortalecendo a luta para a construção dessa garantia de direitos e possibilitar uma política pública de qualidade que possa, de fato, garantir a autonomia dos indígenas aqui presentes”, destacou.

Thiago Ramos, coordenador do Cermir, frisou que “esse Evento tende a construir pontes e fortalecer essa interação local. E os Warao costumam dizer que na Venezuela eles não são venezuelanos, e sim Warao. Da mesma forma aqui no Brasil: mesmo nascendo no Brasil, eles continuam sendo Warao. É o Warao sem fronteiras. E aí é preciso fortalecer essa raiz do povo Warao aqui na Paraíba, garantindo essa inserção e esse acolhimento humano”.

Rosenda de Vale Jimenez, cacica dos Warao residentes no abrigo do bairro de Jaguaribe, disse que “É muito importante porque cada dia estamos aprendendo mais, da medicina, da Paraíba também”.

A venezuelana Rosa Elena está no Brasil há seis anos. Ela não é Warao e participou do Evento vendendo arepas venezuelanas. “A gente está conhecendo as pessoas que estão aqui e pode ter mais inclusão no setor de saúde, de educação, do trabalho... A gente conhece e será conhecido pelo artesanato, no caso dos indígenas; e eu, no caso da comida que estou fazendo”.

O casal paulista Renata Martins Domingos e Marco Aurélio Paz Tella, que mora na Paraíba há 15 anos e foi prestigiar o Evento, gostou bastante. “A gente acha muito bonito o artesanato Warao”, comentou ela. E Marco complementou: “é ótimo não só a parte cultural, do artesanato, da música, mas também o trabalho de todo o projeto aqui, de assistência... É muito importante para o povo Warao uma assistência dessa”, ressaltou.