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FCJA retoma programa de estudos compartilhados da vida e obra de José Américo de Almeida

publicado: 27/05/2024 09h24, última modificação: 27/05/2024 09h28
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A Fundação Casa de José Américo (FCJA) realiza, nesta quarta-feira (29), a primeira edição de 2024 do programa ‘Estudos Americistas’. A atividade, que visa o compartilhamento e aprofundamento do conhecimento em torno da vida do ministro José Américo de Almeida, de sua obra e aspectos da sua literatura, está programada para ocorrer das 9h às 12h, no Auditório Juarez da Gama Batista, Anexo I da FCJA, localizada à Avenida Cabo Branco, 3336, na orla da capital paraibana.

O texto do escritor e político paraibano José Américo escolhido para a retomada desses estudos periódicos é a crônica ‘Entre o mar e a colina verde’, que compõe sua obra de memórias ‘Eu e Eles’, publicada em 1970. “Reiniciaremos por esse belo e singelo texto de Zé Américo, que nos leva a um passeio do mar azul até ao verdejante da colina, passando pelas dependências da casa onde ele viveu”, ressalta Helena Serrano, assessora de gabinete da FCJA.

Após a apresentação e leitura do texto escolhido, os participantes do ‘Estudos Americistas’ (servidores, pesquisadores e estagiários da FCJA, além de convidados e o público interessado na atividade) realizam um debate sobre o tema, com um recolhimento ao final das fichas-resumo, onde podem registrar a reprodução de algum trecho do texto que a pessoa achou mais interessante (com justificativa), expressando sua opinião e até mesmo destacando palavras que ampliaram seu vocabulário.

Os ‘Estudos Americistas’, de acordo com o presidente da FCJA, Fernando Moura, surgiram com dois objetivos: um de conhecimento e outro laboral. “O de conhecimento para que todos nós da Fundação, independentemente de função – gerencial, técnica, auxiliar – tivéssemos um conhecimento partilhado sobre o próprio José Américo, sua obra, sua vida e aspectos da sua literatura”, explica Moura. O outro objetivo surgiu durante o período da pandemia do novo coronavírus, “para uma ocupação produtiva”.

“A ideia continua sendo a de fornecer um texto para que as pessoas leiam, estudem, analisem e depois a gente debate, troca ideias, esclarece, tira dúvidas”, esclarece Fernando Moura, lembrando que, a partir desses dois eixos, há um saldo complementar: a prestação de serviço mais segura, mais concreta, com conhecimento mais aprofundado sobre o patrono da casa. “Hoje, um visitante quando chega lá, com qualquer pessoa que ele conversar, vai ter informações mínimas sobre Zé Américo, o que não acontecia antes”. E Helena Serrano completa: “esses estudos compõem uma proposta de autoformação, de capacitação da equipe da Fundação”.

Na avaliação do presidente da FCJA, boa parte das pessoas via a Fundação como um mero órgão estatal, uma mera instituição, uma repartição pública como as outras. “A gente tem que ter um olhar um pouco diferenciado. Exatamente por ser uma casa de memória, possamos ter essa memória aplicada de forma produtiva, efetiva e com uma partilha social consequente. A gente precisa saber sobre o que está falando”.

Fernando Moura analisa: “Hoje, todo mundo fala sobre José Américo. Claro que uns se aprofundaram, outros ampliaram, mas, o básico de tudo, todos nós temos”.

“Dieta moral”         

A obra ‘Eu e Eles’, de José Américo de Almeida, de onde foi extraída a crônica ‘Entre o mar e a colina verde’, é composta de quinze ensaios e se inicia com a autobiografia do autor. Da infância vivenciada pela paisagem do engenho em Areia, sua cidade natal, aos dias no seminário em João Pessoa e os anos no curso na Faculdade de Direito do Recife, José Américo discorre sobre as fases da infância, adolescência e juventude.

Boa parte da publicação versa sobre importantes expressões da vida política, do Direito e da cultura no Brasil. Em nota, José Américo informa que o livro contém um pouco da sua vida e reúne artigos acadêmicos e outros publicados em revistas, em livros esgotados e alguns perfis inéditos. “A idade não me pesa. Só o espelho me lembra que sou velho. Faço economia de vida: a dieta moral e o regime alimentar”, cita na obra o escritor e político José Américo de Almeida.