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FCJA promove debate sobre Democracia, com resgate de Memória e Ação
Democracia, Memória e Ação - Ao que resiste hoje? Eis um tema e um misto de evento, com um ato e debate, em torno do tríplice aspecto Memória, Verdade e Justiça, tudo isso reunido em um só espaço virtual. Foi o que aconteceu na live realizada pela Fundação Casa de José Américo, nesta quinta-feira (1), que buscou articular o passado de resistência à Ditadura, até os dias atuais.
Quem não acompanhou ainda tem a oportunidade de conferir pelo canal oficial da FCJA, no YouTube. O evento contou com a participação do artista plástico Flávio Tavares, do cineasta Sílvio Tendler e da professora e da pesquisadora Iranice Muniz, com mediação da professora Lúcia Guerra, da historiadora Suelen de Andrade Silva e da socióloga Fernanda Andrade Rocha, todas elas integrantes da equipe da FCJA.
A live constou de diversos momentos. Iniciou com o resultado da campanha virtual, que incentivou artistas e literatas paraibanos a compartilharem seus talentos, para compor um grande painel, com representação dos mais diversos segmentos artísticos: música, poesia, pintura, vídeos, depoimentos.
Suelen Andrade fez uma breve apresentação do projeto do Memorial da Democracia, instalado na Fundação e previsto para ser inaugurado ainda este ano. A seguir, Fernanda Rocha apresentou o primeiro convidado, o multiartista Flávio Tavares. Toda a fala dele destacou a importância da arte como fenômeno de resistência, por meio de sentimentos e expressões, sendo também exibidas diversas telas de sua autoria.
Na sequência, a professora Lúcia Guerra assumiu a mediação de uma roda de conversa, iniciando pelo cineasta Sílvio Tendler, que também defendeu a expressão da arte como resistência, revelando que começou sua militância desde o período da adolescência e que teve forte influência dos seus pais. A live foi concluída pela professora e pesquisadora Iranice Muniz, uma militante que atuou com destaque nas causas camponesas.
Por fim, arrematando a influência das artes no contexto, o presidente da Fundação Casa de José Américo, Fernando Moura, assim se expressou no chat: "Há um cinema no Brasil que atuou e atua como bazuca sem pólvora, derrubando grilhões, porões e obscurantismo. Sílvio, Wladimir, Eduardo Coutinho, Linduarte e Glauber são dessa infantaria".