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Escola Cidadã Integral Socioeducativa desenvolve cultivo de ervas medicinais com adolescentes do CSE
Arteterapia: Abraçando Vidas. Assim é conhecida a disciplina eletiva – complementa a formação – que faz parte do anexo da Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha, que fica situada no Centro Socioeducativo Edson Mota, unidade da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Fundac) para cumprimento de medidas dos adolescentes. A disciplina, desenvolvida com alunos de todos os ciclos (I ao VI) no contraturno, busca auxiliar o processo de autoconhecimento, descobertas e mudanças corporais, sociais e culturais significativas, proporcionando vivências com os Florais da Amazônia, bem como práticas de cultivo de ervas medicinais baseadas na filosofia da Permacultura.
“A adolescência é uma fase em que surgem os maiores e os mais diversos conflitos internos dos indivíduos que a atravessam, inclusive a maioria deles são de caráter emocional” disse o coordenador pedagógico, professor Rafael Ferreira de Souza Honorato, ao justificar a importância da disciplina idealizada pelos professores Luciano Medeiros (Artes), Rachell Shallon (Polivalente), Edson Bernardo (Biologia) e Wênio Pinheiro (Artes) para os adolescentes que cumprem medidas socioeducativas no CSE.
“A arteterapia busca restabelecer a capacidade de reconhecer a si mesmo e também o mundo que os cercam, a fim de possibilitar o desenvolvimento de um indivíduo mais equilibrado e consciente sobre suas próprias ações tanto individuais e sociais, como também a busca por uma formação em que o adolescente possa vir a ser mais protagonista de sua própria vida”, acrescentou o professor Rafael Ferreira.
Para Roberta Alencar, coordenadora do eixo Educação da Fundac, as disciplinas eletivas são de grande importância para a efetivação de uma educação integral que ocorre também na dimensão escolar, em tempo integral. “No caso específico desta eletiva, destacamos a importância da correlação entre conhecimento popular e as diversas formas de aplicação do conhecimento científico das plantas medicinais, além de incentivar o seu uso, no cotidiano familiar de nossos socioeducandos”, acrescentou Roberta.
“A terapia floral é utilizada para o bem estar emocional, mental e espiritual, ajudando a se relacionar melhor com os conflitos internos vivenciados no cotidiano. Durante as aulas, os alunos ingerem a “fórmula da adolescência” e, posteriormente, são feitas práticas de meditação e reflexões sobre como cuidar de si e do mundo em que vivem e, em seguida, são confeccionados trabalhos artísticos pensando nos temas trabalhados nas aulas, buscando acima de tudo o contato com a parte positiva dos socioeducandos”, explicou o coordenador pedagógico do CSE.
Com o desenvolvimento da disciplina os professores vêm, aos poucos, percebendo algumas habilidades nos alunos, tais como: expansão e compartilhamento de temas sobre autoconhecimento e identidades, compreensão da arteterapia por meio de sua história, seus conceitos e vivências, capacidade de relaxamento e equilíbrio em meio às tensões diárias, fortalecimento do protagonismo e da autoestima, capacidade de entendimento crítico sobre si e as realidades que os cercam, desenvolvimento e fortalecimento de habilidades artístico-terapêuticas.
A eletiva conta com total apoio da gestão da escola, da direção da unidade e vem sendo acompanhada pelo coordenador pedagógico professor Rafael Ferreira que ressaltou ainda a importância que existe em desenvolver nos socioeducandos o equilíbrio emocional. “Ensinamos a lidar com sentimentos que estão em conflito, os quais são negados por eles ou que precisam modificar, como: a insatisfação, a incerteza, insegurança, a raiva, entre outros. Para isso, são fundamentais os compostos energéticos chamados essências florais para trabalhar emoções específicas ou conjuntos de emoções”, explicou.