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Disque Denúncia ajuda polícia a prender criminosos

publicado: 03/07/2018 00h00, última modificação: 15/05/2019 09h09

A cada 24 horas, o Disque Denúncia da Polícia Civil recebe em média nove ligações anônimas com informações sobre crimes ocorridos no Estado. De janeiro a junho deste ano foram 1.643 chamados com dados que estão ajudando a polícia a prender criminosos. O serviço garante o sigilo e o anonimato dos denunciantes e atende gratuitamente pelo número 197.

De acordo com o gerente do Disque Denúncia, João Batista Micena Barbosa, o serviço foi criado em 2010 pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Seds) com o objetivo de permitir que a população auxiliasse a polícia na investigação de crimes.

Ele explica que, por meio de uma simples ligação, que pode ser feita de celular ou de telefone fixo, qualquer pessoa pode repassar de forma anônima e sigilosa à Seds qualquer informação sobre delito já ocorrido ou ainda sendo praticado.

Pode ser repassada informação sobre qualquer tipo de crime, mas os principais chamados são relativos a homicídios, latrocínios, tráfico de drogas, roubos, furtos, estelionato, crimes contra idosos, mulheres, meio ambiente e animais. Todas as informações que chegam são remetidas para as delegacias responsáveis por apurar o fato.

João Micena explica que além do Disque 197, a polícia dispõe do Disque 190, que também pode ser acionado gratuitamente por qualquer cidadão. No entanto, os dois serviços têm finalidades diferentes.

“Diferente do 190 que tem um caráter preventivo e emergencial, o 197 deve ser acionado quando o crime já ocorreu e o cidadão tem informações sobre a autoria do crime e informações sobre o paradeiro do acusado, portanto, ao receber a denúncia a delegacia tem um prazo de 30 dias para averiguar a informação e dar uma resposta sobre o caso”, afirma o gerente do serviço.

Prisões –No dia 13 de junho deste ano, depois de uma denúncia feita ao Disque 197, a polícia conseguiu localizar e prender Renan Justino de Sousa, 20 anos. Ele é suspeito de matar a tiros José Igor Pereira de Sousa, no dia 24 de dezembro do ano passado, em Campina Grande. O crime foi motivado por rixas antigas entre o criminoso e a vítima. Após ser preso, Renan foi encaminhado para o presídio padrão de Campina Grande.

Outro crime elucidado com ajuda do Disque Denúncia foi a morte de Severino Maciel. Ele era gerente de um posto de combustíveis, localizado em João Pessoa, e foi morto por tiros após reagir a uma tentativa de assalto no seu local de trabalho. Com ajuda de informações anônimas, a polícia localizou o autor dos disparos, cinco dias após o crime. O suspeito estava escondido em uma casa no bairro do Colinas do Sul, cujo endereço foi repassado para a polícia por meio do Dique 197.

Com a continuidade das investigações, os investigadores descobriram a participação no crime do próprio filho da vítima. Erick Ramon Diniz, 25 anos, foi preso durante a missa de sétimo dia do pai. O jovem, que já possuía antecedentes criminais, confessou na delegacia que havia passado aos assaltantes informações sobre a rotina do pai. Além desses dois homens, terceiro participante do crime também foi preso no dia do homicídio. Com ele foram apreendidas a arma de fogo e a moto usadas na prática do delito.