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Centro Educacional do Jovem realiza I Feira de Ciências Socioeducativa da Fundac

publicado: 18/06/2018 00h00, última modificação: 14/05/2019 08h53
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A Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha, do Centro Educacional do Jovem, realizou, na manhã desse domingo (17), a I Feira de Ciências da Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac). A proposta da Cejartes foi mostrar aos jovens socioeducandos e familiares que a educação recebida dentro das unidades para cumprimento de medidas é tão semelhante ou igual a que é oferecida nas escolas regulares.

“Aluno é aluno onde quer que ele esteja. Se nas escolas regulares há apresentações de seminários, feira de ciências e palestras, entre outras atividades, nós que fazemos a Escola Cidadã Integral Socioeducativa, em parceria com a direção da unidade, buscamos, cada dia mais, proporcionar e fazer tudo por esses jovens que estão, momentaneamente, cumprindo suas medidas no CEJ”, disse Flávia Tavares, coordenadora pedagógica da Unidade.

“Foi a primeira vez que participei de uma feira de ciências, em nenhuma outra escola que estudei nunca tinha visto algo assim. Apresentei sobre os fractais. Confesso que fiquei nervoso na hora de falar, mas depois me acalmei um pouco e consegui explicar o que são os fractais e mostrar exemplos para quem veio assistir. Gostei da experiência. Superei meu medo e deixei meu protagonismo entrar em ação”, relatou um socioeducando.

Segundo a coordenadora pedagógica do CEJ, o protagonismo dos socioeducandos ganhou espaço. “Eles fizeram belíssimas apresentações sobre os diversos conteúdos trabalhados durante o semestre na disciplina eletiva: Pintando o 7, desenhando o 8. As apresentações foram direcionadas para a vida dos artistas Mondrian e Echer, e para as técnicas utilizadas por ambos em suas obras, que envolve diretamente as formas geométricas e os fractais da natureza”, explicou Flávia.

Para Wendow Lacerda, diretor do Centro Educacional de Jovem, a unidade socioeducativa já foi palco de inúmeras rebeliões, fugas e tentativas de motins, “porém, há pelo menos um ano, o CEJ vem passando por uma série de reformas humanistas, aonde a Escola Cidadã Integral vem assumindo um papel fundamental, com propostas inovadoras e ações que integram não só os jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, mas, também, promovem a interação entre agentes socioeducativos, técnica e familiar”.

Segundo o diretor, durante o 2° semestre de 2017, a Escola Cidadã, o CEJ e a Fundac desenvolveram várias ações, entre as quais oferta de cursos profissionalizantes como Revestimento de Cerâmica, Pintor de Obras e Construção Civil, ministrados pelo Senai e um curso inovador de Produtos de Limpeza que já certificou oito jovens socioeducandos. “Agora, ao final do 1° semestre de 2018, a Escola Cidadã Integral encerra suas atividades laborativas com um avanço inovador, a 1ª Feira de Ciências – Cejartes, toda organizada e apresentada com os jovens socioeducandos a seus familiares em pleno domingo, dia de visita”, afirmou.

“A Escola Cidadã Integral Socioeducativa vem cumprindo o seu papel, construindo conhecimentos e abrindo possibilidades de resgate da convivência familiar. Conseguimos fazer com que a família participasse desse momento e percebesse a evolução da aprendizagem dos filhos através da uma escola que trabalha numa perspectiva de integralidade. Uma educação que se contrapõe ao modelo tradicional que, segundo Paulo Freire, é aquela em que o aluno é um depositário dos conhecimentos”, avaliou a coordenadora do eixo Educação, Roberta Alencar.