Centro de Atendimento ao Autista completa três anos ofertando serviços terapêuticos a mais de 360 crianças e adolescentes

O Centro de Atendimento ao Autista em João Pessoa (CAA-JP) completa, esta semana, três anos oferecendo atendimento especializado e qualificado às pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O equipamento do Governo do Estado, gerido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano, em convênio com a entidade Missão Resgate, desenvolve um trabalho multidisciplinar em diversas áreas do processo terapêutico de 366 usuários. Somente em 2023, foram realizados 3.481 atendimentos na área psicossocial e 8.240 atendimentos na área de reabilitação. 

Para marcar as celebrações de aniversário, nesta quinta-feira (30), os usuários e seus familiares receberam as novas fardas e participaram de um café-da-manhã alusivo à data. Na ocasião, a chefe de gabinete da Sedh, Mikaele Gomes, representou a secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyana Dutra, e destacou a importância do CAA-JP. “O CAA-JP foi o primeiro Centro implantado no Estado da Paraíba e serve de referência para os demais e para os que ainda possam ser implantados. Aqui, este ano, foram iniciadas novas oficinas como a de musicalização e a de terapia alimentar. Tudo isso comprova que o Governo da Paraíba vem desenvolvendo um importante trabalho na política pública voltadas às crianças com Autismo em nosso estado”, enfatiza.

Além dos espaços terapêuticos de musicalização e terapia alimentar, em 2023 o CAA-JP iniciou a oferta de serviços para as famílias dos usuários. Sobre isso, a coordenadora-geral do CAA-JP, Valquíria Uchôa, observou que as mães, em especial, enquanto esperam as crianças, estão tendo oportunidade de aprenderem alguma atividade e serem futuras empreendedoras. “A mãe chegava e ficava um pouco ociosa e preocupada. Agora as famílias podem participar de oficinas de gastronomia, artesanato e biscuit. Queremos oportunizar as mães serem empreendedoras dentro de casa”, afirma a coordenadora.

Vilma Araújo, mãe de Arthur Araújo, de 3 anos, festejou a entrega do fardamento. “Meu filho está há dois anos sendo atendido pelo serviço. Eu amei a farda, gosto do atendimento, não tenho o que dizer, sempre me atendem bem e rápido. Tenho certeza que se não fosse o CAA meu filho não seria a criança que é hoje”.

Já Fabiola Gomes, mãe de Pedro que é usuário do serviço há quase três anos, ao lado do filho elogiou o centro e os profissionais que lá trabalham. “Lugar excelente, os profissionais, para mim, são como a minha família e Pedro ama estar aqui. Não é Pedro?”, pergunta a mãe ao filho que confirma, e continua: “Eu só tenho a agradecer a todos que trabalham aqui dentro e fora para que esse projeto esteja disponível para tantas famílias que precisam desse trabalho. Eu fico muito feliz e parabéns ao CAA pelos três anos”.

A profissional Jeane Pontes atua há dois anos no CAA na área de fisioterapia e psicomotricidade, e atesta a excelência do serviço. “A área do movimento ainda é uma área de pouco conhecimento no Brasil, principalmente do Nordeste, mas que ganha seu espaço a partir do entendimento de que a parte motora está presente no diagnóstico das crianças autistas. Há dois anos, estou no CAA e por também atuar em clínicas particulares, posso afirmar que aqui temos um serviço de excelência. Às vezes, achamos que o serviço quando é público, ele não é de qualidade, mas se engana quem pensa assim. No CAA temos uma preocupação com o desenvolvimento da criança, fazemos estudos de caso, se há uma criança que não evolui com determinado profissional, apresenta um comportamento inadequado ou precisa mais de um outro serviço, nós conversamos sobre o caso, debatemos, aplicamos testes e encaminhamos para que aquela criança seja assistida da melhor forma” explica a profissional.

O CAA-JP fica localizado no bairro do Rangel, em João Pessoa, e atende semanalmente crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em acompanhamento multiprofissional com especialidades como: nutrição, serviço social, fonoaudiologia, psicologia, psicomotricidade, fisioterapia e terapia ocupacional. Os usuários do serviço são encaminhados pela Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad).